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sexta-feira, 22 de agosto de 2014

TCU adia mais uma vez análise sobre bloqueio de bens de Graça Foster

Para advogado, mesmo que tenha havido transferência pontual de bens, não se configura em fuga patrimonial


Rio - Oa da Petrobras, Graça Foster. O ministro José Jorge, relator do caso do tribunal, manteve o voto apresentad Tribunal de Contas da União (TCU) adiou novamente a análise sobre o bloqueio dos bens da presidento no início do mês, que pede a indisponibilidade dos bens de Graça Foster, mas retirou o processo da pauta da reunião de hoje, após uma notícia publicada na tarde desta quarta-feira no site do jornal O Globo. A reportagem informa que a presidenta e o ex-diretor da Área Internacional da empresa Nestor Cerveró doaram imóveis a parentes após o escândalo sobre a compra da Refinaria de Pasadena, no Texas (EUA).

José Jorge prometeu que irá apresentá-lo novamente na semana que vem. Segundo ele, as informações da reportagem ainda devem ser analisadas e confirmadas, mas já indicam a necessidade de aprovar a indisponibilidade dos bens. “Se isso for verdade, e dependendo da sua extensão, isso configura uma burla ao processo de apuração da irregularidade. É gravíssimo”, disse o ministro.

Para o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, mesmo que tenha havido a transferência pontual de bens, isso não se configura em fuga patrimonial. “Fuga patrimonial é desfazimento integral do seu patrimônio em favor de laranjas, de pessoas não identificadas, de forma que você não possa recuperar esse patrimônio. Não é o caso. Tenho certeza de que a presidenta e os demais diretores que estão sendo acusados vão esclarecer isso com a maior tranquilidade”.

O relatório de José Jorge inclui Graça Foster e Jorge Luiz Zelada no processo que julga responsabilidades por supostas irregularidades na aquisição da Refinaria de Pasadena pela Petrobras. A ação sugeria a indisponibilização dos bens dos responsáveis pelos prejuízos atribuídos à Petrobras na compra da refinaria norte-americana.

Durante a sessão de hoje, o ministro Walton Alencar Rodrigues apresentou uma nova proposta, incluindo os dois como responsáveis, mas sem o bloqueio dos bens.

Ha duas semanas, a decisão sobre a inclusão do nome de Graça Foster havia sido adiada por José Jorge, que quis mais tempo para avaliar a situação depois que Adams defendeu que Graça Foster não tivesse o patrimônio bloqueado. No mês passado, o TCU determinou a devolução de US$ 792,3 milhões aos cofres da Petrobras pelos prejuízos causados ao patrimônio da empresa.

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