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segunda-feira, 17 de novembro de 2014

NOKIA - O RETORNO

Nokia diz que marca pode voltar ao mercado

POR REUTERS

A finlandesa Nokia está pensando em como reviver para os consumidores a sua marca homônima poucos meses após vender seu negócio de celulares à Microsoft por mais de US$ 7 bilhões.

"Acredito que você pode esperar que nossa marca retorne ao mundo dos consumidores", disse, nesta sexta-feira, o presidente-executivo da Nokia, Rajeev Suri, quando questionado sobre rumores de que a fabricante de equipamentos de rede estaria ponderando uma nova entrada no mercado de aparelhos móveis.

Suri contou a investidores em uma apresentação em Londres que a companhia olhará para o licenciamento da marca a outras empresas, em vez de criar ela mesma um novo negócio de aparelhos.

"Vemos o licenciamento da marca como uma oportunidade ... mas diria que se trata mais de uma oportunidade de longo prazo", afirmou Suri sobre potenciais acordos em que outras fabricantes de eletrônicos para consumidores poderiam pagar à Nokia para usar a marca em seus produtos.

Nenhum acordo é iminente, mas a marca Nokia pode eventualmente aparecer em uma série de eletrônicos, não necessariamente telefones. "Isso não é uma coisa de sentimentalismo", disse Suri.

Nesta semana, a Microsoft tirou o nome da Nokia do mais recente smartphone Lumia 535, após ter comprado o negócio da finlandesa em abril.

A Nokia um dia foi sinônimo de celulares, mas a classificação da marca despencou para 98º lugar neste ano entre os nomes corporativos mais conhecidos no mundo, ante a 5º colocação em 2007, segundo levantamento da empresa de pesquisas de mercado Interbrand.

A NUDEZ ESTÁ EM ALTA

Nudez em público pode ficar mais comum no futuro, diz sociólogo
Para Gustavo Gomes da Costa, corpo carrega conteúdo político.
Já naturista diz que 'pelados do RS' não têm a ver com a sua prática.


Homens ou mulheres andando ou correndo sem roupas pelas ruas pode ser uma cena ainda mais comum em um futuro próximo. A prática vem chamando a atenção em Porto Alegre e levanta a questão sobre o uso do corpo como ferramenta de expressão. Para o sociólogo Gustavo Gomes da Costa, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), "no futuro é bem provável que a nudez seja cada vez mais usada", disse.

Costa, que se dedica entre outras áreas, a estudar sexualidade e gênero, diz que a sociedade brasileira ainda olha a nudez como algo transgressor. "A primeira coisa a dizer é que em nossa sociedade a nudez tem um lugar muito específico, o de ser castigada. A exposição do corpo é vista como algo negativo. Obviamente, isso precisa ser relativizado. Por exemplo, no carnaval a nudez feminina é valorizada. A nudez em carro alegórico não choca, é um instrumento de transgressão cultural. Mas toda e qualquer outra nudez pode ser vista como transgressora."


Mais habituada a viver nua, Carina Mareschi é adepta do naturismo e acredita que o que está acontecendo é a tentativa de "chamar a atenção, uma forma de protesto". Para ela, a nudez que tem se visto na capital gaúcha difere da que é praticada pelos naturistas. "Nossa prática é feita onde a nudez é permitida, em locais convencionados. Não fazemos atos em público. O que está acontecendo não tem relação alguma com a filosofia do naturismo."
Para ela, a "os naturistas praticam a nudez sem agredir o outro, em contato com a natureza, respeitando a si mesmo e o meio ambiente. Vai além da nudez e despe, também, os preconceitos e amarras sociais. Certamente muitas pessoas, principalmente as que desconhecem a nossa filosofia, vão associar estes casos com o naturismo, porém a distância entre eles é enorme. Nosso objetivo não é protestar", disse Carina.


O sociólogo afirmou ainda que a "nudez é usada como forma de manifestação política" e cita feministas e movimentos LGBT como os que mais usam o corpo com propósitos específicos. "Para quem é mais fundamentalista, o corpo pertence ao Estado por conta da legislação vigente, da religião. A dimensão do corpo e a nudez ganham força em espaços públicos, não posso dizer que isso ocorra nos casos recentes. A sociedade é repressora contra a nudez. Durante muito tempo vendemos a ideia de que o Brasil é liberal, que vivemos em um país tropical, que temos liberdade de costumes. Isso é um mito."

Segundo Costa, "cada vez mais grupos sociais têm questionado se o país reprova ou não a nudez. As pessoas lutam por mudanças e querem ter direito a fazer topless nas praias do Rio de Janeiro. Lá, por exemplo, já está havendo mudanças em legislação, o que permite a prática". Para Carina, "os meios de comunicação e as redes sociais estão se tornando grandes aliadas do naturismo porque o assunto está em evidência. Antigamente as pessoas desconheciam a nudez dessa forma, mas agora é diferente. E isto só ajuda a desmistificar e atrair novos adeptos."

Foram três casos na capital gaúcha nos últimos 12 dias, dois deles no domingo (9). Uma mulher foi fotografada correndo apenas de tênis e boné por ruas do Centro da capital gaúcha horas antes de uma “corrida pelada” ser convocada pelas redes sociais. O evento acabou com a caminhada de apenas um homem nú.

No dia 30 de outubro, o primeiro caso foi registrado no Parque Moinhos de Vento, o Parcão, quando uma mulher praticou corrida nua até ser detida pela Brigada Militar. Uma semana depois, a lutadora de MMA que se identificou como Betina Baino repetiu a cena ao percorrer pelada um longo trecho da Terceira Perimetral em meio à chuva e aos carros.


A naturista Carina acredita que os casos recentes de nudez pública fizeram com que o naturismo voltasse a ser assunto na mídia e, principalmente, nas redes sociais. "Hoje a nudez já é tão comum que podemos ver até em propagandas em televisão. E isto só ajuda a desmistificar e atrair novos adeptos ao naturismo. Eu não vejo os episódios de Porto Alegre como algo negativo para nós. Eu vejo como mais uma chance de abordarmos a filosofia e de conseguirmos mostrar a verdadeira face do naturismo. A informação, que gera conhecimento, é tudo numa sociedade como a nossa."

O sociólogo disse que as redes sociais podem ser o verdadeiro motivo da nudez pública em alguns casos. "Existe a lógica das redes sociais, da internet, onde algumas pessoas buscam seus cinco minutos de fama."

Nudez demonizada
Para o professor de direito e advogado criminalista Leonardo Pantaleão, a nudez pode, "conforme o caso, ser capitulado no Código Penal Brasileiro como ultraje público ao pudor. Se a nudez for considerada obscena, a pena é leve e varia de detenção de 3 meses a 1 ano e pode ser reversível em multa." 

Para se enquadrar como crime, a nudez precisa atingir quem está ao redor do ato praticado sem roupa. "O delito de ultraje ao pudor ocorre desde que seja obsceno, se o entorno se sentir ofendido. Dá para fazer um paralelo com as praias de nudismo, que estão sujeitas à mesma lei, mas há uma convenção entre as pessoas que lá frequentam. A nudez tem de se adequar à lei. É delito se atingir o bem jurídico protegido, como a moralidade pública. Aí é ato obsceno."

Pantaleão explicou que nem todo flagrante de nudez demanda processo. "Tecnicamente, não é o caso de registro de Boletim de Ocorrência, mas de Termo Circunstanciado, que serve para crime de menor poder ofensivo. A pessoa não responderia a processo penal, tendo em vista que o Ministério Público decidiria pelo cumprimento da penalidade, em multa, antes mesmo de abrir processo penal. Isso ocorre pela fragilidade da pena."

O sociólogo Gustavo Gomes da Costa disse que "a nudez é demonizada no país, mas precisa ser demonizada? A nudez é tão assustadora assim? Não sei se a nudez faria sentido em mobilização, por exemplo, de operários pedindo aumento salarial, mas em outros, sim".

domingo, 16 de novembro de 2014

FAST FOODS PERTO DE CASA AUMENTAM RISCOS À SAÚDE

Estudo liga diabetes e obesidade ao número de fast foods na vizinhança

As taxas de diabetes e obesidade em cidades do interior podem estar relacionadas com o número de estabelecimentos de fast-food perto de moradias, revelou um estudo publicado na revista “Public Health Nutrition”.


Os cientistas basearam sua conclusão em um estudo de 10 mil pessoas no Reino Unido. Eles descobriram que havia o dobro de pontos de venda de fast-food num raio de 500 metros de casas em bairros de moradores socialmente desfavorecidos.

- Os resultados são bastante alarmantes e têm grandes implicações para intervenções de saúde pública no sentido de limitar o número de pontos de venda de fast-food em áreas mais carentes - disse o pesquisador-chefe, Kamlesh Khunti da Universidade de Leicester.

Os pesquisadores disseram que a cada dois estabelecimentos adicionais por bairro levou à expectativa de um caso adicional de diabetes - isso foi assumindo uma relação causal entre os dois fatores.
- Em uma região multi-étnica do Reino Unido, os indivíduos tinham, em média, duas lojas de fast-food num raio de 500 metros de sua casa - Khunti disse. - Este número difere substancialmente por demografia, incluindo a etnia; pessoas de etnia não-branca tinham mais do que o dobro do número de pontos de venda de fast food no seu bairro em comparação com os brancos europeus. Descobrimos que o número de estabelecimentos de fast food no bairro de uma pessoa foi associado com um risco aumentado de diabetes detectada tela tipo 2 e obesidade.

Também da equipe de Leicester, o co-autor Patrice Carter afirmou que a associação observada entre o número de pontos de venda de fast-food com obesidade e diabetes tipo 2 não vem como uma surpresa. Ele explica que o fast-food é rico em gorduras totais, ácidos gordos trans e sódio, o tamanho das porções têm aumentado de duas a cinco vezes ao longo dos últimos 50 anos e uma única refeição de fast food fornece cerca de 1.400 calorias. Acrescenta, ainda, que lojas de fast-food muitas vezes fornecem bebidas ricas em açúcar.
A pesquisa foi publicada três dias antes do Dia Mundial de Combate ao Diabetes, comemorado nesta sexta-feira. A data foi instituída pela International Diabetes Federation (IDF) e pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

CONSCIENTIZAÇÃO CARIOCA
Além do Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia Luiz Capriglione (IEDE) estar com sua fachada toda iluminada de azul para alertar sobre a necessidade da prevenção e dos cuidados necessários para quem tem a doença, o hotel Royal Tulip, em São Conrado, recebe o 1º Congresso Regional de Diabetes do Rio de Janeiro.

Especialistas das Universidades de Harvard e do Texas, entre outros médicos de renome no Brasil, estarão reunidos no evento, que teve início nesta quinta-feira e vai até este sábado. Promovido pela Sociedade Brasileira de Diabetes do Rio de Janeiro, o encontro visa ampliar o conhecimento sobre os avanços e as últimas novidades relacionadas à doença, entre elas uma insulina de longa duração e hipoglicemiantes orais recém-chegados no mercado brasileiro.

Segundo dados da Federação Internacional de Diabetes, a doença já atinge 382 milhões de pessoas em todo o planeta, número que poderá subir para 592 milhões em 2035, de acordo com a entidade. No ano passado, o Brasil era o quarto país do mundo com mais diabéticos, com 13 milhões de portadores.

Entre as conferências mais aguardadas do congresso, estão as do Enrique Caballero, professor da Universidade de Harvard, em Boston, e pesquisador clínico na Joslin Diabetes Center. O especialista é um dos maiores estudiosos de diabetes tipo 2. Caballero falará sobre os riscos do pré-diabetes e as novas abordagens no tratamento da doença para atingir o alvo glicêmico.

Outro convidado internacional é Jaime Davidson, professor da Universidade do Texas Southwestern Medical School, em Dallas, membro fundador da Associação Americana de Endocrinologistas Clínicos (AACE), que colaborou para a elaboração do último consenso de diabetes. O médico dará palestra sobre terapias combinadas e falará também sobre as diferenças entre as recomendações dadas pela Associação Americana de Diabetes (ADA) e Associação Americana de Endocrinologistas Clínicos (AACE).

Entre as apresentações nacionais, Mario Saad, professor e pesquisador da Unicamp (SP) é um dos destaques. Ele acaba de desenvolver um creme à base de insulina para ajudar na cicatrização de feridas em diabéticos, e falará sobre resistência à insulina.

Ainda com o objetivo de conscientizar a população sobre a doença, acontece no dia 16 de novembro, neste domingo, às 8h30, em volta da Lagoa Rodrigo de Freitas, o 2º Desafio SBD – RJ – Correndo pelo Diabetes.

Com informações do EXTRA

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