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sábado, 15 de fevereiro de 2014

''PAÍS TEM SOBRA DE ENERGIA'' , DIZ MINISTRO LOBÃO

País tem sobra de energia para garantir fornecimento, diz ministro Lobão
"Como não contamos com esse quadro, eu tenho que entender que esse risco praticamente não existe", destacou o ministro

Agência Brasil

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, afirmou nesta sexta-feira (14/2) que o risco de desabastecimento de energia elétrica no país é mínimo. No entanto, ressaltou Lobão, existe sempre uma taxa mínima de risco, se as condições forem absolutamente adversas, se não houver chuva.

Ministro Lobão
“Como não contamos com esse quadro, eu tenho que entender que esse risco praticamente não existe”, destacou o ministro, que participou da apresentação do novo diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Reive Barros dos Santos.

Lobão é o presidente do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico, que apresentou ontem (13) relatório sobre o suprimento de energia para este ano. “Os reservatórios estão baixos, mas estamos vendo os estudos, que indicam boas possibilidades de chuvas daqui para frente. O que nós dissemos no relatório foi uma palavra de segurança para o consumidor dizendo que o sistema é bom e planejado. Nós temos sobra de energia para garantir o fornecimento em momentos difíceis como esse”, acrescentou.

O ministro falou ainda sobre o déficit de R$ 5,6 bilhões para 2014, apresentado pela Aneel, e o impacto que pode haver na conta de luz dos consumidores. Ele informou que ainda hoje terá uma reunião com representantes do Tesouro Nacional para discutir o assunto, mas que o momento ainda não é de tomada de decisão. “O governo vai avaliar e decidir o que fazer. Estamos estudando o cenário inteiro e depois tomaremos alguma decisão, sobretudo do ponto de vista do Tesouro. Mas não há, neste momento, nenhuma fixação de regras, normas e decisões”, disse Lobão.

ACABA O HORÁRIO DE VERÃO

Horário de verão acaba no próximo domingo(16)

Na madrugada do próximo domingo (16) termina o horário de verão, e os relógios devem ser atrasados em uma hora nos estados das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. A medida começou a valer no dia 20 de outubro do ano passado.


O governo ainda não divulgou os impactos da medida para o país. A expectativa do Ministério de Minas e Energia era que a redução da demanda nos horários de pico, com a adoção do horário de verão no período 2013-2014, ficasse entre 4,5% e 5%, com redução de consumo geral do sistema de 0,5% em média.

No Distrito Federal, a redução da demanda máxima de energia no horário de pico (das 18h às 21h) foi 4%, representando demanda da ordem de 45 megawatts (MW). Segundo a Companhia Energética de Brasília (CEB), a redução equivale a, aproximadamente, um alívio no carregamento do sistema correspondente à carga da cidade do Guará no horário de ponta.

No Brasil, o horário de verão foi instituído pela primeira vez no verão de 1931/1932, pelo então presidente Getúlio Vargas. A medida é adotada sempre nesta época do ano, quando os dias são mais longos por causa da posição da Terra em relação ao Sol, e a luminosidade natural pode ser melhor aproveitada, reduzindo o consumo de energia nos horários de pico e evitando o uso de energia gerada por termelétricas, que é mais cara e mais poluente do que a gerada pelas hidrelétricas. Também no fim do ano há um aumento na demanda por energia, resultante do calor e do crescimento da produção industrial por causa do Natal.

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

LICENCIADOS EM EDUCAÇÃO FÍSICA LIBERADOS PELA JUSTIÇA FEDERAL

Justiça Federal libera ampla atuação de licenciados em Educação Física

Uma decisão do juiz federal Frederico Botelho de Barros Viana proíbe o Conselho Federal de Educação Física (Confef) e o Conselho Regional de Educação Física da 8ª Região (Cref8) de impedirem a ampla atuação dos profissionais licenciados. 


A resolução do Confef criou uma restrição não prevista na lei que regulamenta a profissão de Educação Física. A medida, considerada inconstitucional, limitava os licenciados ao trabalho na educação básica, por meio de especificação na emissão das carteiras profissionais.

Com isso, os licenciados foram impedidos de atuar em hospitais, clínicas, academias de ginástica e outros espaços, diferentemente dos bacharéis, detentores da ampla atuação. A decisão, publicada no dia 31 de janeiro, é valida para todo o Pará.

Clique e veja a decisão

Discriminação - O caso foi levado à Justiça pelo Ministério Público Federal (MPF) em outubro do ano passado, pelo procurador regional dos Direitos do Cidadão, Alan Rogério Mansur Silva. “A lei que versa sobre a regulamentação dos profissionais de Educação Física, qual seja, a Lei nº 9.696/1998, não determina qualquer forma de discriminação entre os licenciados e os bacharéis, assim como não estabelece uma categoria de egressos voltados somente para a educação básica e outra categoria que abarque os demais ambientes de atuação desses profissionais”, registrou o procurador na ação.

O juiz Frederico Botelho de Barros Viana explicou, na decisão liminar, que “não havendo expressa previsão no texto da Lei n° 9.696/98 que autorize os conselhos profissionais a limitar o campo de atuação do profissional a depender de sua formação acadêmica, tal restrição de direitos é indevida”.

Com base no mesmo caso, o MPF já ajuizou ações nos Estados de Rondônia, Roraima, Sergipe, Goiás, Bahia e Santa Catarina, e também no Distrito Federal. Em Goiás, na Bahia e em Sergipe a restrição foi igualmente proibida pela Justiça Federal. No Rio Grande do Sul, o MPF conseguiu o cancelamento da prática por meio de recomendação ao Conselho Regional de Educação Física no Estado. (Com informações da Assessoria de Comunicação do Ministério Público Federal no Pará). 

Matéria publicada no site Agência Pará

ESTÁDIO BEIRA-RIO PODE FICAR DE FORA DA COPA DO MUNDO

Impasse em pagamento de estruturas temporárias ameaça Copa em Porto Alegre
Inter não quer bancar montagem que pode custar até R$ 30 milhões

Um impasse no pagamento das estruturas temporárias exigidas pela Fifa ameaça a realização da Copa do Mundo em Porto Alegre. Apesar da responsabilidade no contrato ser do dono do estádio, o Inter segue com a postura de não querer bancar sozinho. O clube quer que o governo do estado ou a prefeitura banquem as montagens, que têm custo estipulado entre R$ 20 e R$ 30 milhões.


Em entrevista à Rádio Guaíba nesta sexta-feira, o presidente colorado Giovanni Luigi afirmou que o Inter irá entrar com uma grande parcela de investimentos para a realização da Copa do Mundo na cidade e confirmou o pedido de ajuda para as estruturas. “O Inter a duras penas tomou as providências para as questões do estádio. Ele está aí, é extraordinário e supera em muito as exigências da Fifa para a Copa do Mundo. O clube também vai resolver a questão do piso do entorno também com muito sacrifício. Vamos ceder áreas como o Gigantinho, o Centro de Eventos , o estacionamento e as lojas”, disse.

“Eu diria que está é uma questão da sociedade gaúcha. Todos estamos envolvidos e temos que ter a responsabilidade de encontrar um denominador comum. É um problema da cidade, do estado como um todo. Todos nós lutamos para a Copa do Mundo ser realizada aqui e tenho certeza que encontraremos um denominador comum”, completou.

Em respeito ao fato de o contrato estipular que o Inter deve bancar as estruturas, Luigi se defendeu dizendo que isso ocorre porque a grande maioria dos estádios da Copa foram feitos com verbas públicas. “Na verdade, lá atrás, em 2009, existiu um contrato que diz que os proprietários dos estádios deveriam tratar toda as questões da Copa. Mas isso se refere aos estádios públicos porque nove das 12 sedes serão publicas. Nos demais estádios da Copa têm governos dos estados ou os municípios resolvendo. Nesse momento, me parece, que tanto o município quanto o estado buscam uma saída jurídica para essa questão. É mais nesse aspecto. Está sendo tratada e eu quero acreditar que nós temos a condição de resolver isso e termos a Copa aqui”, declarou.

O prazo para entrega das estruturas para a Fifa vence em 22 de maio. Luigi, no entanto, acredita que o impasse sobre a construção na área do Beira-Rio deverá ser resolvido na próxima semana.  “Isso é um assunto que urge, que já deveria estar resolvido. Espero que no máximo em uma semana a gente encontre uma solução. Espero que principalmente as autoridades que comandam a sociedade gaúcha encontrem uma solução para essa questão”.

Com informações do Correio do Povo

TV NATIVA ENCERRA O JORNALISMO EM PELOTAS

Jornalismo da Nativa é desativado em Pelotas
Pouco apoio de empresários e Poder Público em relação a patrocínios foram decisivos para o encerramento do projeto, segundo o diretor geral da empresa, Cláudio Omar Haubman

Por: Vinícius Waltzer - Diário Popular

A TV Nativa, nascida do sonho de fazer uma televisão voltada à programação local e regional, transmitiu na quarta-feira o último programa de jornalismo em Pelotas. Alegando pouco apoio de empresários e Poder Público em relação a patrocínios, o diretor geral da empresa, Cláudio Omar Haubman, informou que a partir de agora o canal 18 apenas retransmitirá a programação musical da Top TV, além dos programas locais não-jornalísticos.


O sonho de utilizar o conteúdo local produzido para promover a integração regional, no entanto, está mantido. Segundo o Haubman, a empresa passa por um período de reestruturação da TV, em busca de uma reformulação que permita ir atrás de uma nova bandeira de nome nacional. No final de junho do ano passado, a Nativa encerrou uma parceria de cinco anos com a Rede Record e, antes disso, já havia trabalhado com a bandeira do SBT.

Lembrando dos feitos alcançados pela Nativa, que chegou a transmitir ao vivo o Carnaval de Pelotas para toda a Zona Sul, o diretor geral destacou a importância da empresa também como laboratório de formação de profissionais. “Profissionais que começaram suas carreiras na TV Nativa hoje estão em grandes jornais de Porto Alegre e alguns até no Rio de Janeiro. Isso me dá muito orgulho”, comenta.

A qualidade dos profissionais que fizeram parte da equipe de jornalismo na Nativa são apontados por Haubman como motivo para que a empresa tenha conseguido colocar em prática boas iniciativas na área de jornalismo local e esportivo. “São profissionais tão competentes que um telejornal ao meio dia, seguido de notícias de hora em hora, foi mantido pela nossa coordenadora de jornalismo e três estagiários”, conta.

Sobre a possibilidade de permanência de profissionais na equipe, o diretor preferiu apenas dizer que garantirá os direitos de todos. “Caso estes profissionais não estejam já empregados em outros lugares, tentaremos trazê-los de volta tão logo consigamos reestruturar a TV”, completa, lamentando, entretanto, não poder dar prazos a respeito. Alguns funcionários procurados pela reportagem preferiram não se pronunciar por enquanto.

Em Bagé, onde o apoio é considerado melhor, inclusive por parte do Poder Público, o jornalismo continua. O Jornal da Campanha, que cobre cidades da região como Candiota, Pinheiro Machado e outras, se mantém. Os programas locais Terra Sul, Boa Companhia, Saber Mais e Conexão também não deixarão a grade.

No ano passado, Haubman esteve no Diário Popular e falou sobre os planos de um trabalho mais autônomo, e sobre o fato de não terem renovado o contrato com a Record. Na época, conteúdos com foco no jornalismo e esporte foram anunciados para, gradativamente, se somarem às 11 horas semanais de programação local já exibidas pela emissora, que chega a 20 municípios. Programas de esporte ao vivo com um estúdio em Rio Grande, por exemplo, tiveram apenas algumas edições em 2013.

A história da TV Nativa começou em 1988, quando Haubman iniciou a luta pela concessão. A concorrência pública veio quase dez anos depois, em 1997, mas foi em 2004 que a emissora entrou efetivamente no ar, vencendo cerca de 15 anos de disputas judiciais e lutas no Ministério das Comunicações.

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

ACORDO CLIMÁTICO É DEFENDIDO POR FRANÇA E EUA

Hollande e Obama defendem acordo climático "ambicioso"
Presidentes da França e dos Estados Unidos escreveram artigo nos jornais Le Monde e The Washington Post

Agence France-Presse

Os presidentes da França, , François Holland, e dos Estados Unidos, Barack Obama, defendem um acordo climático ambicioso em um artigo conjunto publicado nesta segunda-feira nos jornais Le Monde e The Washington Post. "Seguimos estimulando a todos os países que se associem a nossa busca de um acordo mundial ambicioso e global para a redução das emissões de gases com efeito estufa com medidas concretas", escreveram.


Os dois presidentes recordam que no próximo ano Paris receberá uma conferência sobre o clima que será vital para o futuro do planeta. A publicação do artigo coincide com a visita oficial aos Estados Unidos de François Hollande, que viaja nesta segunda-feira a Washington.

"Arraigada em uma amizade de mais de dois séculos, nossa cooperação cada dia mais estreita constitui um modelo de cooperação internacional", completam os dois chefes de Estado no texto, que tem como título "Uma aliança transformada" e é acompanhado de uma foto dos dois presidentes sorridentes um ao lado do outro.

Hollande e Obama também citam suas posições sobre o Irã e a Síria. Afirmam que a África é o cenário mais visível da "nova cooperação" entre os dois países. "Mais que em nenhum outro local, a África talvez seja o local onde nossa nova cooperação tem sua expressão mais visível", afirmam, com referências em particular ao Sahel e à República Centro-Africana.

"Paralelamente ao novo impulso de nossa aliança no cenário mundial, queremos aprofundar nossa relação econômica", destacam os dois presidentes, que pedem uma "associação para o comércio e o investimento" entre União Europeia e Estados Unidos para criar "mais intercâmbios, mais empregos e mais possibilidades de exportação, principalmente nas pequenas empresas de nossos dois países".

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

ESPECIALISTAS EXPLICAM CALOR EXTREMO DO VERÃO BRASILEIRO

Frentes frias do pacífico são bloqueadas por uma parede atmosférica de ar quente e seco que se instalou em grande parte do território brasileiro.


Em grande parte do Brasil - região Sul, Sudeste e parte da Centro-Oeste - não vê chuva há um tempão. E esta foi uma semana em que as temperaturas quebraram recordes.

São Paulo: 36,4°C na sexta-feira (7). Os primeiros dias de fevereiro foram os mais quentes para o mês desde 1943, quando começou o registro.

Rio de Janeiro: 41,2°C no sábado (8). Recorde do ano no Rio. A temperatura mais alta na cidade desde fevereiro de 2010.

E olha essa: Porto Alegre: 40,5°C na quinta-feira (6). Essa temperatura não era registrada na cidade há 70 anos.

Esse calorão provocou cenas curiosas pelo país. Em Sorocaba, São Paulo, uma mulher teve que ir até os bombeiros para cortar a aliança. Os dedos ficaram tão inchados por causa do calor de quase 36°C que o anel não saía de jeito nenhum.

Em Belo Horizonte, onde a temperatura bateu uns 32°C, uma cena que se repetiu por todo o Brasil: passageiros no ponto de ônibus dividem a sombra do poste.

Porto Alegre ficou tão quente que um avião não conseguiu decolar na última segunda-feira (3). O voo foi cancelado porque o calor reduz a potência das turbinas, o que poderia colocar em risco a decolagem. Pelo menos a Brigada Militar gaúcha pode usar bermuda e sandália.
Em Bauru, no interior de São Paulo, onde a temperatura passou dos 37°C, inventaram até um cinema na piscina. 


Mas por que as temperaturas andam tão altas? A repórter Sônia Bridi explica.

É tudo o que se espera de um dia de verão: calor, céu azul, água do mar quentinha... Mas quando isso se repete dia após dia, semana após semana, sai mês entra mês, é o inferno no paraíso.

Se durasse apenas uns dias, seria normal, mas se tornou uma anomalia, um evento climático extremo.

Tudo começou no fim de dezembro. Uma imensa massa de ar quente e seco veio do mar, entrou pelo continente e estacionou sobre uma grande área do território brasileiro. Esse sistema de alta pressão forma uma espécie de parede atmosférica muito forte e bloqueia as frentes frias, que ainda se formam e vêm do pacífico, mas param quando chegam ao paredão.

A última que chegou na América do Sul foi bloqueada na fronteira do Brasil e provocou inundações esta semana na Argentina e no Uruguai.

Quanto mais tempo dura o fenômeno, pior fica. “A gente não tem chuva, não temos precipitação, e o solo vai ficando cada vez mais seco, a energia do sol vai aquecendo mais o solo e, portanto, a atmosfera. Então, à medida que os dias se passam e a umidade vai ficando mais baixa, a temperatura máxima também vai sendo mais elevada”, explica Marcelo Seluchi, meteorologista.


As noites não refrescam, e cada dia amanhece mais quente. Por isso, tantas cidades brasileiras tiveram temperatura recorde esta semana.

E nosso modelo urbano, com muito concreto e pouco verde, não ajuda em nada. “Você está formando ilhas de calor. E o que são ilhas de calor? São exatamente ambientes onde você tem materiais que absorvem cada vez mais calor, e, com isso, aumentam essa sensação desconfortável, como é com asfalto, cimento”, diz Suzana Kahn, professora de mudanças climáticas da UFRJ.

E deve piorar até o fim do século. “Você tem uma expectativa de aumento de temperatura nas cidades brasileiras na ordem de 1°C a 6°C. Ou seja, cada vez que vier uma onda de calor, ela vai ser um pouco pior. E cada vez elas virão com maior frequência”, afirma Suzana Kahn.
A temperatura da água do mar também está batendo recordes. Está acima do esperado em uma grande faixa do Atlântico Sul.

O banho de mar fica mais agradável, mas os prejuízos são grandes.
É esse calor o responsável pela espuma vista em muitas praias do Sul e Sudeste, resultado da morte de algas em altas proporções. Em uma foto do satélite dá para ver, formando uma mancha de 800 quilômetros.

E a água quente ajuda a aumentar o calor em terra. É um círculo que se auto-alimenta. A água quente fortalece o sistema de alta pressão, que por sua vez aquece ainda mais a água.
“A influência do oceano na atmosfera é muito importante, e a atmosfera por sua vez influencia no oceano”, diz Marcelo Seluchi.

Mas água quente não evapora, formando nuvens e provocando chuva? Deveria. Só que há outra força em ação. É como ligar o secador de cabelo sobre uma bacia de água quente: o ar quente e seco não deixa o vapor subir.

O que faz o papel de secador é uma corrente que vem de muito alto, 12 quilômetros acima da superfície, e desce para dentro do sistema de alta pressão, impedindo que a umidade se espalhe. Quando essa corrente de ar quente e seco parar, o vapor vai se formar de novo.
Agora, sem umidade, não tem nuvem. Sem nuvem, não tem chuva.
Mesmo sem chuva, as nuvens são importantes para diminuir o calor, não só porque elas agem como uma sombrinha, ou guarda-sol. Quanto mais altas e com mais cristais de gelo, mais refrescam o ambiente. É que, lá no alto, elas agem como um refletor, jogando de volta para a atmosfera a luz e o calor do sol.

O climatologista Paulo Nobre conta que um fenômeno muito parecido ao de agora foi visto por cientistas uma vez antes, no verão de 2001.

Isso não significa que não tenha acontecido outras vezes, mas não há registro desde que se acompanha o clima no Brasil. E pode já ser parte das mudanças climáticas provocadas pelo aquecimento global.

“É um fenômeno extremo, de seca. Ele está associado ao que nós esperamos ser um cenário de mudanças climáticas. Um cenário no qual você tem um período de estiagem muito prolongada, em uma parte do planeta, frio intenso em outra parte”, declara Paulo Nobre, pesquisador do INPE.

Enquanto torramos aqui, os ingleses tentam escapar das inundações e os americanos estão em um dos piores invernos da história.

Fantástico: A gente sabe quanto tempo vai durar isso?
Paulo Nobre: Ele dura mais tempo. Por exemplo, em 2001, quando nós tivemos essa situação, ela durou dois meses.

Em 2001, só choveu no fim de fevereiro. E agora?

Fantástico: Quando isso vai acabar? Quando é que vai desligar o maçarico?
Marcelo Seluchi: A resposta mais honesta é não sabemos.

E como o fenômeno é pouco conhecido, os cientistas não sabem dizer quando ou como ele desaparece. Os modelos matemáticos só conseguem prever o que vai acontecer com sete a dez dias de antecedência.

“Nos próximos dez dias não deve chover de forma importante na região Sudeste, em boa parte do país, na verdade. Alguma pancada, muito isolada, muito rápida, mas não vemos uma normalização das condições atmosféricas. Então, provavelmente nós vamos ter um dos verões mais quentes da história e mais secos da história”, afirma Marcelo Seluchi.

E se não há nada a fazer senão esperar, melhor fazer como a multidão reunida no Arpoador, no Rio de Janeiro e apreciar o pôr do sol, que sem a umidade do ar, fica ainda mais lindo.

GOVERNO BRASILEIRO ESPIONA MANIFESTANTES SOBRE A COPA DO MUNDO

Governo quer evitar danos à Copa do Mundo
Agentes à paisana, interceptação de e-mails e monitoramento rigoroso de redes sociais são algumas das ações de vigilância

Por Agências/REUTERS

SÃO PAULO – As forças de segurança brasileiras estão usando agentes à paisana, interceptando e-mails e monitorando rigorosamente a mídia social para tentar garantir que protestos violentos contra o governo não arruínem a Copa do Mundo, disseram autoridades à Reuters.

As manifestações realizadas nos últimos meses têm sido muito menores do que as de junho passado, quando o Brasil sediou a Copa das Confederações – torneio de preparação para a Copa -, o que abalou o governo da presidente Dilma Rousseff e contribuiu para a desaceleração da economia.

Mas os protestos ainda desencadeiam atos de vandalismo contra bancos e a paralisação de partes de grandes cidades porque um grupo mais duro, de talvez alguns milhares de manifestantes em todo o país, se confronta com a polícia, incluindo alguns usando máscaras e autodenominados “black blocs”.

O governo de Dilma teme que os protestos, dos quais os mais recentes vêm adotando o slogan ‘Não vai ter Copa’, possam prejudicar gravemente a competição, que começa em 12 de junho em São Paulo e termina com a partida final em 13 de julho, no Rio de Janeiro.

Imagens frequentes de vitrines estilhaçadas de lojas, turistas assustados e policiais e manifestantes feridos – fatos já ocorridos – poderiam manchar um evento que vai atrair um número estimado em 600.000 visitantes estrangeiros e tem a meta de mostrar a ascensão do Brasil como potência mundial. Estão sendo organizadas manifestações em todas as 12 cidades nas quais haverá partidas.

A recente fragilidade da economia brasileira, mais a eleição presidencial de outubro, na qual Dilma concorrerá a um segundo mandato, aumentam ainda mais os riscos.

A assessoria de imprensa da Secretaria Extraordinária de Segurança para Grandes Eventos (Sesge), uma divisão do Ministério da Justiça encarregada da segurança na Copa do Mundo, encaminhou perguntas sobre iniciativas de vigilância para o Ministério da Defesa, que não quis fazer comentários. Mas autoridades descreveram, sob condição de manterem o anonimato, uma vigilância crescente e generalizada a pessoas que integram o Black Bloc, cuja extensão ainda não tinha sido divulgada pela imprensa.

Além de monitorar as comunicações do grupo no Facebook e outras mídias sociais, agentes da inteligência se infiltraram no movimento e passaram informações para a polícia antes e durante recentes manifestações, disseram dois funcionários.

As autoridades também vêm usando tecnologia avançada para localizar os computadores de manifestantes violentos e ter acesso às suas comunicações, com a finalidade de identificar líderes e monitorar suas atividades, afirmou um funcionário.

Os funcionários enfatizaram que tais esforços não estão sendo direcionados à população brasileira em geral, mas aos membros de grupos violentos. Eles não quiseram especificar quais agências ou forças policiais estão realizando a vigilância nem dar mais detalhes sobre como a informação está sendo usada.

As táticas refletem a crença do governo Dilma de que, ao contrário das manifestações em grande parte pacíficas do ano passado, os black blocs são um problema criminal e devem ser tratados como tal.

“No ano passado todo mundo pensou que isto era os anos 1960. Mas agora é apenas Seattle”, disse um alto funcionário, referindo-se aos famosos protestos que se tornaram violentos na reunião da Organização Mundial do Comércio em 1999.

Origem internacional
A vigilância corre o risco de provocar um mal-estar em um país com más lembranças da ditadura militar de 1964-1985, que espionava intensamente esquerdistas suspeitos, incluindo a própria Dilma, na época, integrante de um grupo guerrilheiro marxista.

O secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo, Fernando Grella Vieira, não quis fazer comentários sobre os procedimentos da área de inteligência, mas disse que as forças de segurança “respeitam completamente o direito das pessoas protestarem em paz”.

“Nós estamos agindo para garantir a segurança das pessoas contra aqueles que buscam a violência”, afirmou Grella. Um protesto em São Paulo em 25 de janeiro foi um vívido exemplo do tipo de desordem que poderia potencialmente estragar a Copa do Mundo.

Depois de um protesto pacífico de cerca de 1.500 pessoas, algumas dezenas de manifestantes se separaram e bloquearam grandes avenidas, provocaram incêndios e tentaram virar um carro de polícia.

Quando a polícia perseguiu um grupo de manifestantes dentro do saguão de um hotel, houve pânico entre os hóspedes, dos quais alguns receberam ordens para se sentar no chão enquanto os agentes tentavam identificar os manifestantes e prendê-los, de acordo com a mídia local. Outros hóspedes, amedrontados, se refugiaram em seus quartos.
Os manifestantes, e aqueles que os estudam, dizem que tais incidentes têm sido agravados pela resposta do governo – que, segundo eles, não entende fundamentalmente do que se trata o movimento.

Os black blocs são um fenômeno internacional, tendo aparecido pela primeira vez na Europa nos anos 1980 durante protestos contra a energia nuclear e outras questões. Alguns acadêmicos os comparam aos anarquistas do início do século 20, observando o papel-chave que tiveram nas manifestações antiglobalização, como a de 1999, em Seattle.

Em alguns casos, os grupos não têm líderes e são desprovidos de qualquer organização, unindo-se somente pelas táticas e a maneira de se vestir – em geral, inteiramente de preto. Em outros há alguma coordenação.

Em São Paulo, os black blocs têm um tempero local. Os aderentes são predominantemente homens com idades entre 15 e 23 anos, egressos da nova classe média baixa que floresceu quando a economia do Brasil cresceu na década passada, disse o professor Rafael Alcadipani, da escola de negócios da Fundação Getúlio Vargas, que estuda o grupo e entrevistou seus membros.

Esse grupo demográfico deu grandes saltos em consumo e pôde pela primeira vez adquirir máquinas de lavar, TVs de tela plana e outras mercadorias. Mas a maioria deles sofre com a má qualidade do sistema de saúde, escolas públicas ruins e longas jornadas no transporte, já que o governo não foi capaz de equilibrar a renda crescente deles – e as expectativas – com serviços melhores.

Os black blocs “acreditam que o sistema político brasileiro está quebrado e não os representa”, disse Alcadipani.

Esperando novos protestos
Uma black bloc que disse apenas chamar-se Ana afirmou que muitos membros acreditam que o vandalismo é o único meio de atrair a atenção da mídia para os seus pontos de vista.
“É um grupo extremamente diverso, mas a única coisa que nos une é a crença em que não podemos aceitar silenciosamente o que os políticos estão fazendo conosco”, disse ela.
Em outubro, black blocs espancaram gravemente um coronel da polícia, quebraram sua clavícula e roubaram sua pistola. Os manifestantes alegam que a polícia de São Paulo também usa táticas brutais e citam os tiros dados em um manifestante em 25 de janeiro. A polícia diz ter agido em autodefesa.

O maior medo do governo é que o tamanho e a violência dos protestos explodam novamente quando a Copa do Mundo começar.

Se isso vai acontecer é uma incógnita, já que depende de fatores que variam da situação da economia ao desempenho da seleção brasileira. Muitos acreditam que, se o Brasil for eliminado cedo, os brasileiros ficarão menos ligados nos jogos e mais propensos a sair às ruas.

As táticas dos black blocs assustaram muita gente na classe média, principal motivo que fez as manifestações encolherem e não conseguirem reunir mais do que alguns milhares desde julho.

No entanto, se a polícia for muito longe na repressão, o efeito poderá ser o oposto. Uma reação com mão pesada a pequenas manifestações em junho passado enfureceu muita gente e foi um importante fator para que o número de participantes nos protestos se multiplicasse na época.

Esse difícil equilíbrio ajuda a explicar por que as autoridades estão ansiosas por abraçar ações de inteligência e outras novas táticas.

Grella disse que a polícia estuda como outros países lidaram com o Black Bloc. As próximas semanas verão a estreia de uma nova “Brigada de Captura” da polícia uniformizada, sem armas de fogo, que será encarregada de deter manifestantes violentos, disse ele.

Os esforços da polícia para prender manifestantes e registrar seus nomes, e em alguns casos, indiciá-los, também produziram resultados. A maioria dos cerca de 200 black blocs identificados pela polícia em São Paulo não participou do protesto de 25 de janeiro por medo de ser processada, disse Esther Solano, uma outra acadêmica que estuda o grupo.

No entanto, novos membros surgiram para tomar o seu lugar – um mau presságio para os meses mais à frente.

“Enquanto o governo não enfrentar as principais questões, as pessoas vão continuar protestando”, disse Alcadapini, o professor da FGV. “Nada mudou desde junho.”


terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

TREINADOR ''HOMEM-BOMBA'' EXPLODE SEU PRÓPRIO GRUPO DE ''ALUNOS''

Do que o mundo se livrou...ainda bem !!!

Treinador de homens-bomba explode turma por engano

Homem dava aula para aspirantes a ataques suicida quando detonou explosivos presos ao corpo matando 22 e ferindo 15

DO NEW YORK TIMES

BAGDÁ - Um grupo de extremistas sunitas que assistiam a uma aula de treinamento para atentados suicidas em um acampamento ao norte de Bagdá foi morto na segunda-feira quando seu comandante involuntariamente realizou uma demonstração com um cinto que estava cheio de explosivos, contaram funcionários do Exército e da polícia iraquiana.


Os combatentes pertenciam a um grupo conhecido como o Estado Islâmico do Iraque e da Síria, ou Isis, que luta na província de Anbar contra o Exército iraquiano, dominado por xiitas. Mas eles também estão ligados a ataques a bomba em outros lugares.

Vinte e dois membros do Isis foram mortos e 15 ficaram feridos na explosão no acampamento, que está em uma área de plantações no nordeste da cidade de Samarra, afirmaram as autoridades policiais e do Exército. Armazéns de explosivos e armas pesadas também ficavam nesse acampamento, segundo os funcionários. Oito militantes foram presos quando tentavam fugir.

O homem que estava conduzindo o treinamento não foi identificado pelo nome, mas foi descrito por um oficial do Exército iraquiano como um recrutador prolífico, que foi “capaz de matar os bandidos de uma vez”.

No início deste mês, militantes do Isis invadiram a cidade de Fallujah e a vizinha Ramadi, ambas na província de Anbar, com armamento pesado, assumindo o controle de vias de acesso e escritórios de autoridades locais.

Desde então, forças de segurança locais e tribais reestabeleceram o controle em Ramadi.
Mas o Iraque está desenvolvendo um plano, com a ajuda dos Estados Unidos, que faria tribos sunitas assumirem a liderança na luta contra o Isis em Fallujah com apoio do Exército iraquiano, um alto funcionário do Departamento de Estado disse ao Congresso na semana passada.

A fonte, o funcionário Brett McGurk, afirmou que o Isis tinha cerca de dois mil combatentes no Iraque, e que seu objetivo a longo prazo era estabelecer uma base de operações em Bagdá, liderada por Abu Bakr al-Baghdadi, que foi classificado como terrorista global pelo Departamento de Estado.

FERIADÕES DEVERÃO DIMINUIR DE TAMANHO

Projeto da Câmara quer acabar com feriadões de quatro dias. Saiba se sua folga pode ser afetada em 2014
Proposta é transferir para a segunda-feira as folgas que caírem de terça a sexta-feira


Estadão

A Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado deve analisar nesta terça-feira (11) o Projeto de Lei da Câmara 296/2009, que pretende antecipar para as segundas-feiras os feriados que caírem entre terças e sextas-feiras. De forma prática, se o projeto for aprovado no Senado, ele termina com a possibilidade dos feriados emendados, que chegam a quatro dias. 

CRISE DE ENERGIA : SUDESTE E SUL DEVERIAM RACIONAR

Dados do ONS indicam que Sudeste e Sul deveriam racionar 5% da energia
Pelo modelo estabelecido pela Aneel, Custo Marginal da Operação do sistema elétrico superou esta semana o limite a partir do qual se recomenda o racionamento; governo diz, porém, que essa é uma indicação meramente econômica e que o sistema está equilibrado

Estadão

A semana passada se encerrou com sinal de alerta no setor de energia. Houve apagão na terça-feira, todas as térmicas estão ligadas, os reservatórios das principais hidrelétricas baixaram ainda mais e o preço da energia estourou. De acordo com o modelo computacional que acompanha a operação do sistema, as regiões Sul e Sudeste deveriam cortar em 5% o consumo de energia.


A necessidade de baixar o consumo aparece no valor da energia, especificamente no chamado Custo Marginal da Operação, que é calculado por formulas matemáticas e modelos computacionais. Há quatro níveis de alerta baseados no valor desse custo. Quando o custo passa de R$ 1.364,42 MWh, o modelo computacional alerta para a necessidade fazer um corte de 5% no consumo. Os níveis de alerta são definidos por meio de resoluções da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). 

Pois esse custou atingiu o valor de R$ 1.691,39 o MWh nas regiões Sudeste e Sul, segundo o documento Sumário Executivo do Programa Mensal de Operação, divulgado ontem pelo Operador Nacional do Sistema (ONS). Trata-se de uma alta de quase 60% em apenas uma semana. No relatório anterior, o custo foi de R$ 1.065,74. 

No mesmo documento, o ONS reconhece que o programa identificou déficit e necessidade racionamento, mas descarta a adoção de cortes porque a maior parte do País está no período chuvoso e existe a possibilidade de chuvas e que o calor amenize nas próximas, arrefecendo o consumo que tem batido recordes. 

Diz o texto: "Observa-se que os armazenamentos contemplam a aplicação da metodologia vigente, que conduziu ao atingimento de Custos Marginais superiores ao 1.º patamar de déficit determinado pela Resolução Homologatória n.º 1667 da Aneel. Todavia, as regiões SE/CO, NE e N encontram-se em pleno período úmido, o que conduz à expectativa de reversão do atual cenário hidrológico. Assim sendo, a operação do SIN será realizada considerando o pleno atendimento aos requisitos de carga".

O governo diz que já era esperado que o custo de geração da energia nessas regiões ultrapassasse o primeiro limite da curva do custo de déficit. Mas a avaliação é que o modelo é "meramente econômico", ou seja, serve apenas para cálculo do preço da energia. Ele mostra que, quando o custo de geração de 1 MW ultrapassa o primeiro patamar estabelecido, fica mais barato reduzir o consumo do que atender a demanda a esse preço.

Corte de carga, porém, seria uma decisão de governo. A própria resolução da Câmara de Gestão da Crise Energética, que estabeleceu o modelo em 2002, informa que "os valores obtidos não implicam acionamento de medidas de redução compulsória de consumo". O secretário executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, reafirmou que o sistema elétrico tem equilíbrio estrutural e está dimensionado para atender o consumo.

Transparência. Segundo especialistas do setor, a melhor alternativa nesse momento seria a transparência: "O governo deveria ter a humildade diante do risco de desabastecimento, que é real, explicar para a população o que está acontecendo e pedir ajudar: falar para as pessoas economizarem energia", diz um especialista. 

Como não há mais usinas térmicas para serem ligadas, o governo tem duas alternativas, segundo técnicos. Uma é estabelecer um "racionamento branco": combinar com as indústrias cortes de produção para baixar o consumo ou negociar com empresas que têm produção de energia, os chamados autoprodutores, que liberem excedentes para o sistema. 

Também pode abrir um pouco mais a comporta das hidrelétricas para utilizar um volume maior de água. Essa manobra, porém, pode agravar a situação dos reservatórios se as chuvas não se confirmarem, ampliando a crise de abastecimento e levando a necessidade de elevar o nível de racionamento. Se o custo da energia chegar a R$ 2.943,05, seria necessário cortar 10% da energia.

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

RODOVIÁRIOS - GREVE CONTINUA, MAS COM ÔNIBUS NA RUA

Rodoviários mantêm greve, mas prometem colocar os ônibus nas ruas
Decisão vale até o julgamento do dissídio da categoria, na próxima segunda-feira

Porto Alegre - O Sindicato dos Rodoviários de Porto Alegre decidiu manter a greve-geral da categoria. 
A categoria realiza assembleia na noite desta segunda-feira, no Ginásio Tesourinha e a decisão pela manutenção da paralisação ocorreu por uma margem pequena dos votos.

No entanto, após a decisão, os rodoviários decidiram recolocar os ônibus nas ruas após quase duas semanas, de forma a tirar a greve da ilegalidade – o que gerou uma multa milionária ao sindicato. 

Em estado de greve, as reivindicações dos rodoviários serão julgadas pelo Tribunal Regional do Trabalho na segunda-feira que vem.

F-1 : SCHUMACHER ''NÃO RESPONDE AOS ESTÍMULOS''



Agora passadas duas semanas desde que os médicos começaram a tentar despertar Michael Schumacher, o alemão continua em coma.

Essa é a notícia do diário alemão Bild-Zeitung, relatando que, apesar de o sete vezes campeão mundial frequentemente ter apresentado reflexos desde que os anestésicos foram reduzidos, Schumacher ainda não está respondendo a estímulos deliberados.

Entretanto, o Bild afirmou que a esposa do ex-piloto da Mercedes e Ferrari, Corinna – que permanece ao seu lado – está seguindo o conselho dos médicos e conversa continuamente com o marido, já que existem evidências de que isso pode ajudar um paciente na condição de Schumacher.

O relato também alegou que Ross Brawn visitou o alemão, com quem ele trabalhou durante a bem-sucedida era Ferrari, passando quase despercebido pela entrada de serviço na última quinta-feira.

Enquanto isso, acredita-se que os investigadores franceses estão se preparando para revelar suas descobertas sobre o acidente de esqui, com o Bild citando “fontes legais” ao relatar que acredita que o caso será simplesmente arquivado.

 LS - www.autoracing.com.br

MORRE O CINEGRAFISTA DA BAND

Cinegrafista ferido em manifestação no Rio de Janeiro tem morte cerebral


(AFP) 

Rio de Janeiro — Um cinegrafista ferido na cabeça durante uma manifestação no Rio de Janeiro na quinta-feira passada teve morte cerebral, anunciou nesta segunda-feira a Secretaria Municipal de Saúde.

A secretaria "lamenta informar a morte encefálica do paciente Santiago Ilídio Andrade", cinegrafista da rede de televisão Bandeirantes, "diagnosticada nesta segunda-feira pela equipe de neurocirurgia do hospital municipal Souza Aguiar", afirma uma nota oficial.

Andrade, de 49 anos, cobria um protesto contra o aumento das passagens de ônibus, que começou pacífica mas terminou com violentos confrontos dentro e nos arredores da Central do Brasil.

Ele recebeu o impacto de um rojão, que provocou afundamento craniano e a perda de parte de uma orelha.

Um jovem manifestante de 22 anos foi detido no domingo, depois que confessou que repassou o rojão que feriu o cinegrafista para outra pessoa.

Imagens da manifestação mostram Fabio Raposo com o rojão. Ele afirmou à polícia que pegou o objeto do chão e passou a outro manifestante.

Nota oficial sobre a morte de Santiago Andrade
Band lamenta a perda de um companheiro e exige condenação de assassino

Assessoria de Comunicação acameira@band.com.br

A tragédia que envolve a morte do cinegrafista Santiago Andrade – e que nos deixa arrasados diante da perda de um companheiro querido – é mais uma evidência de que a desordem está imperando nas ruas de nossas cidades. O desvairado que soltou a bomba assassina é um exemplar conhecido de baderneiro, como tantos que vêm espalhando o terror, infiltrados entre manifestantes. A força de reação que encontram não tem sido suficiente para intimidá-los. Pelo contrário, estão cada vez mais ousados e seguros nas suas ações violentas. A Band vai acompanhar e exigir, passo a passo, as investigações, o processo e a condenação desse assassino e de seu grupo. E, ao fazer isso, estará solidária não só com a família de Santiago Andrade. Mas com toda a família brasileira, que já não suporta viver cercada de tantas e variadas ameaças,  sentindo-se numa terra de ninguém.

EMPRESÁRIOS PERDEM CONFIANÇA NA POLÍTICA ECONÔMICA DO GOVERNO

'A confiança dos empresários no governo acabou’
Presidente do Iedi diz que a ‘falta de direção’ na economia cria instabilidade e ‘insegurança no meio empresarial’

Estadão.com.br

Pedro Passos é um dos principais representantes da indústria brasileira. Além de ser um dos fundadores e sócios da fabricante de cosméticos Natura, ele é presidente do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), organização que reúne alguns dos maiores industriais do País.

Passos atribui os resultados ruins da indústria de 2013, divulgados na semana passada, ao que chamou de "ambiente econômico prejudicado". Para o empresário, "falta direção" na economia e há insegurança no meio empresarial. "O clima de confiança do empresariado não existe, acabou", disse Passos, na entrevista a seguir.

O que explica os dados ruins da produção industrial em 2013, especialmente em dezembro?

Foi uma surpresa negativa, a queda foi muito maior do que se previa. Uma primeira análise mostra um desempenho setorial disperso, com retração nos setores de consumo. Mas tivemos performance melhor de alguns setores, inclusive dos ligados ao comércio exterior. Setores de transporte, calçados e madeira, apesar da fragilidade, exportaram mais, principalmente para a Argentina. Apesar de um resultado global muito ruim, há uma perspectiva positiva.

Como o setor empresarial reage a esse resultado?

O ambiente econômico está muito prejudicado no País. A taxa de investimento é muito baixa, o clima de confiança não existe, acabou. Falta direção. Não está claro para onde estamos indo, quais são os grandes compromissos. Isso cria instabilidade. O resultado de dezembro é um problema que vem se acumulando há muito tempo. E esse cenário não nos dá muita esperança porque a gente já entra em 2014 com ritmo lento. E ainda sujeitos à volatilidade da economia internacional. Esse cenário volátil repercute com a falta de definição interna. As dificuldades que temos em saber qual é o caminho, qual é a aposta (do País), criam um ambiente de muita insegurança no meio empresarial.

Como assim?

Existe necessidade de uma nova definição de modelo econômico. O cenário muda e o País precisa se adaptar. É importante retomar uma agenda que o Iedi coloca há algum tempo, de busca de produtividade.

PREFEITURA VAI LICITAR TRANSPORTE COLETIVO

Com informações do Diário da Manhã

O prefeito Eduardo Leite e equipe, discutiram diversos tópicos da licitação do transporte coletivo, na tarde de sexta-feira (7/2/2014), em reunião na Prefeitura, com a finalidade de formatar o processo licitatório. Foram analisadas outras tentativas de licitar o transporte coletivo, que não foram levadas adiante tanto em Pelotas como em outros municípios, para evitar erros que possam atrasar o processo que a atual administração pretende apresentar.


Também foram apresentadas ações positivas conhecidas em outros locais, brasileiros ou não, que facilitam o dia a dia dos usuários e garantem a qualidade dos serviços oferecidos, que devem servir de exemplo a ser seguido.

Uma das exigências da legislação é que seja feita uma consulta pública sobre o tema. Eduardo diz que “isso não deve ser feito apenas para cumprir uma questão legal, mas para interagir, esclarecer, avaliar benefícios e promover uma discussão séria sobre o assunto”. A população deverá ser consultada, por exemplo, sobre simulações de valores de passagens com e sem os benefícios – como as gratuidades ou veículos munidos de ar condicionado. “Quem usa o transporte coletivo é que deve decidir”, destacou o prefeito.

A proposta apresentada pelo gerente de Transporte da Secretaria de Gestão da Cidade e Mobilidade Urbana (SGMU), Paulo Osório, diz que a menor tarifa será o critério adotado, apresentada a partir dos requisitos definidos pela prefeitura. A empresa ou consórcio vencedor da licitação assumirá, em até 180 dias após a assinatura do contrato, com a condição de apresentar previamente a frota, com GPS e equipamento de bilhetagem eletrônica.

Conheça algumas das PROPOSTAS INICIAIS do Executivo (sujeitas a alteração):

*Será vencedora da licitação apenas uma empresa ou consórcio, que será responsável por todas as linhas no Município – urbanas e rurais;

*Tarifa única para linhas da cidade e da colônia. A exceção será para os ônibus seletivos, que terão preços definidos pela prefeitura;

*As linhas licitadas serão as existentes atualmente, com pequenas alterações, como a criação de duas linhas seletivas na zona norte, mas prevendo a alteração durante a vigência do contrato, de acordo com a necessidade da população;

*O contrato deve ser de 15 anos não prorrogáveis;

*Idade máxima da frota: microônibus – 8 anos; ônibus normal – 12 anos; articulado – 16 anos; rural – 20 anos;

*Integração das linhas com segundo trecho a custo zero;

*Alguns domingos com tarifa única promocional;

*A empresa deve ter espaço físico de relacionamento com o usuário na área central e, preferencialmente, também em alguns bairros.

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