Elenco exalta Wagner Moura e diz que futurista 'Elysium' aborda crises atuais
Sinopse
Não recomendado para menores de 16 anos
O ano é 2154. E as diferenças sociais são estratosféricas. Tanto que os miseráveis habitam a Terra que está degradada, pobre, cinza, e os milionários vivem numa espécie de estação espacial brilhante e perfeita, onde a alta tecnologia traz vida longa e segurança, em um ambiente lindo, colorido e florido. Por um lado, a secretária do governo Rhodes (Jodie Foster) faz de tudo para preservar o estilo de vida luxuoso de Elysium, por outro, um pobre cidadão da Terra (Matt Damon) tenta um plano ousado para trazer de volta a igualdade entre as pessoas.
Wagner Moura e Matt Dollin |
“Não é ficção científica, isso é a nossa realidade hoje, em 2013, não é sobre o futuro”, conta ao Terra o diretor de Elysium, o sul-africano Neill Blomkamp (Distrito 9), que disse ainda que o seu plano era rodar o filme no Brasil, mas acabou mudando as filmagens para os Estados Unidos e México para Elysium ter mais impacto junto ao público americano.
“No roteiro original, o filme se passava no Rio de Janeiro e comecei a pesquisar atores de lá. Ainda assim, mesmo mudando depois o local da gravação, não abri mão de ter Wagner Moura e Alice Braga no elenco”, explica sobre o longa que estreou no País na sexta-feira (20).
Blomkamp rasga elogios e mais elogios ao elenco brasileiro em Elysium, principalmente a Wagner Moura. O diretor se atraiu pelo ator baiano após assistir à sua atuação em Tropa de Elite, no qual o brasileiro interpretou o já lendário Capitão Nascimento.
"Tropa de Elite é até hoje um dos meus filmes favoritos, adorei a atuação dele, foi uma grande descoberta. E, quando vi Tropa de Elite 2, achei o filme melhor ainda e ele também”, conta ele. “Se você vir o quão diferente ele está em Elysium, se comparado ao Capitão Nascimento, vai conseguir enxergar como ele é talentoso."
"O papel de Moura é um dos mais complicados do filme, pois no início você acha que ele é um criminoso e, a medida em que o filme se desenvolve, ele se torna um cara socialista, querendo o bem comum. É uma espécie de Che Guevara, um personagem muito difícil e ele fez muito bem”.
Blomkamp, 34 anos, ganhou holofotes depois de ter feito o filme Distrito 9, indicado ao Oscar em 2010, conquistando credibilidade junto a estúdios que apostam nele como um dos novos grandes nomes da direção. Basta ver os números: Distrito 9 teve um orçamento de US$ 30 milhões, enquanto Elysium, de US$ 115 milhões.