Pesquisar aqui

domingo, 16 de novembro de 2014

FAST FOODS PERTO DE CASA AUMENTAM RISCOS À SAÚDE

Estudo liga diabetes e obesidade ao número de fast foods na vizinhança

As taxas de diabetes e obesidade em cidades do interior podem estar relacionadas com o número de estabelecimentos de fast-food perto de moradias, revelou um estudo publicado na revista “Public Health Nutrition”.


Os cientistas basearam sua conclusão em um estudo de 10 mil pessoas no Reino Unido. Eles descobriram que havia o dobro de pontos de venda de fast-food num raio de 500 metros de casas em bairros de moradores socialmente desfavorecidos.

- Os resultados são bastante alarmantes e têm grandes implicações para intervenções de saúde pública no sentido de limitar o número de pontos de venda de fast-food em áreas mais carentes - disse o pesquisador-chefe, Kamlesh Khunti da Universidade de Leicester.

Os pesquisadores disseram que a cada dois estabelecimentos adicionais por bairro levou à expectativa de um caso adicional de diabetes - isso foi assumindo uma relação causal entre os dois fatores.
- Em uma região multi-étnica do Reino Unido, os indivíduos tinham, em média, duas lojas de fast-food num raio de 500 metros de sua casa - Khunti disse. - Este número difere substancialmente por demografia, incluindo a etnia; pessoas de etnia não-branca tinham mais do que o dobro do número de pontos de venda de fast food no seu bairro em comparação com os brancos europeus. Descobrimos que o número de estabelecimentos de fast food no bairro de uma pessoa foi associado com um risco aumentado de diabetes detectada tela tipo 2 e obesidade.

Também da equipe de Leicester, o co-autor Patrice Carter afirmou que a associação observada entre o número de pontos de venda de fast-food com obesidade e diabetes tipo 2 não vem como uma surpresa. Ele explica que o fast-food é rico em gorduras totais, ácidos gordos trans e sódio, o tamanho das porções têm aumentado de duas a cinco vezes ao longo dos últimos 50 anos e uma única refeição de fast food fornece cerca de 1.400 calorias. Acrescenta, ainda, que lojas de fast-food muitas vezes fornecem bebidas ricas em açúcar.
A pesquisa foi publicada três dias antes do Dia Mundial de Combate ao Diabetes, comemorado nesta sexta-feira. A data foi instituída pela International Diabetes Federation (IDF) e pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

CONSCIENTIZAÇÃO CARIOCA
Além do Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia Luiz Capriglione (IEDE) estar com sua fachada toda iluminada de azul para alertar sobre a necessidade da prevenção e dos cuidados necessários para quem tem a doença, o hotel Royal Tulip, em São Conrado, recebe o 1º Congresso Regional de Diabetes do Rio de Janeiro.

Especialistas das Universidades de Harvard e do Texas, entre outros médicos de renome no Brasil, estarão reunidos no evento, que teve início nesta quinta-feira e vai até este sábado. Promovido pela Sociedade Brasileira de Diabetes do Rio de Janeiro, o encontro visa ampliar o conhecimento sobre os avanços e as últimas novidades relacionadas à doença, entre elas uma insulina de longa duração e hipoglicemiantes orais recém-chegados no mercado brasileiro.

Segundo dados da Federação Internacional de Diabetes, a doença já atinge 382 milhões de pessoas em todo o planeta, número que poderá subir para 592 milhões em 2035, de acordo com a entidade. No ano passado, o Brasil era o quarto país do mundo com mais diabéticos, com 13 milhões de portadores.

Entre as conferências mais aguardadas do congresso, estão as do Enrique Caballero, professor da Universidade de Harvard, em Boston, e pesquisador clínico na Joslin Diabetes Center. O especialista é um dos maiores estudiosos de diabetes tipo 2. Caballero falará sobre os riscos do pré-diabetes e as novas abordagens no tratamento da doença para atingir o alvo glicêmico.

Outro convidado internacional é Jaime Davidson, professor da Universidade do Texas Southwestern Medical School, em Dallas, membro fundador da Associação Americana de Endocrinologistas Clínicos (AACE), que colaborou para a elaboração do último consenso de diabetes. O médico dará palestra sobre terapias combinadas e falará também sobre as diferenças entre as recomendações dadas pela Associação Americana de Diabetes (ADA) e Associação Americana de Endocrinologistas Clínicos (AACE).

Entre as apresentações nacionais, Mario Saad, professor e pesquisador da Unicamp (SP) é um dos destaques. Ele acaba de desenvolver um creme à base de insulina para ajudar na cicatrização de feridas em diabéticos, e falará sobre resistência à insulina.

Ainda com o objetivo de conscientizar a população sobre a doença, acontece no dia 16 de novembro, neste domingo, às 8h30, em volta da Lagoa Rodrigo de Freitas, o 2º Desafio SBD – RJ – Correndo pelo Diabetes.

Com informações do EXTRA

E-MAIL

Você pode ser um colaborador.

Envie suas sugestões para o e-mail :

pelotasdeportasabertas@hotmail.com

" Povo que reivindica seus direitos é melhor respeitado."