Cinegrafista ferido em manifestação no Rio de Janeiro tem morte cerebral
(AFP)
Rio de Janeiro — Um cinegrafista ferido na cabeça durante uma manifestação no Rio de Janeiro na quinta-feira passada teve morte cerebral, anunciou nesta segunda-feira a Secretaria Municipal de Saúde.
A secretaria "lamenta informar a morte encefálica do paciente Santiago Ilídio Andrade", cinegrafista da rede de televisão Bandeirantes, "diagnosticada nesta segunda-feira pela equipe de neurocirurgia do hospital municipal Souza Aguiar", afirma uma nota oficial.
Andrade, de 49 anos, cobria um protesto contra o aumento das passagens de ônibus, que começou pacífica mas terminou com violentos confrontos dentro e nos arredores da Central do Brasil.
Ele recebeu o impacto de um rojão, que provocou afundamento craniano e a perda de parte de uma orelha.
Um jovem manifestante de 22 anos foi detido no domingo, depois que confessou que repassou o rojão que feriu o cinegrafista para outra pessoa.
Imagens da manifestação mostram Fabio Raposo com o rojão. Ele afirmou à polícia que pegou o objeto do chão e passou a outro manifestante.
Nota oficial sobre a morte de Santiago Andrade
Band lamenta a perda de um companheiro e exige condenação de assassino
Assessoria de Comunicação acameira@band.com.br
A tragédia que envolve a morte do cinegrafista Santiago Andrade – e que nos deixa arrasados diante da perda de um companheiro querido – é mais uma evidência de que a desordem está imperando nas ruas de nossas cidades. O desvairado que soltou a bomba assassina é um exemplar conhecido de baderneiro, como tantos que vêm espalhando o terror, infiltrados entre manifestantes. A força de reação que encontram não tem sido suficiente para intimidá-los. Pelo contrário, estão cada vez mais ousados e seguros nas suas ações violentas. A Band vai acompanhar e exigir, passo a passo, as investigações, o processo e a condenação desse assassino e de seu grupo. E, ao fazer isso, estará solidária não só com a família de Santiago Andrade. Mas com toda a família brasileira, que já não suporta viver cercada de tantas e variadas ameaças, sentindo-se numa terra de ninguém.