''PASSAR NO CAIXA '' VIRA TORTURA PARA O CONSUMIDOR , EM PELOTAS !!!
Abaixo, postamos uma matéria editada pelo jornal Diário da Manhã, alertando e denunciando o mau atendimento de algumas redes de supermercados de Pelotas, quanto a falta de presteza e agilidade na hora do pagamento.
Acrescentamos que não é apenas neste referido estabelecimento da rede. Na zona Norte da cidade, no Nacional da COHABPEL, o tradicional ''Cinquantão'', o ''Caixa Rápido'' tem seus problemas nesta qualificação.
Matéria
CONSUMIDORES RECLAMAM DO TEMPO DE ESPERA EM FILA DE SUPERMERCADO
NACIONAL DA LOBO DA COSTA OPERA COM POUCOS CAIXAS E USUÁRIOS QUE NÃO DESISTEM DAS COMPRAS CHEGAM A ESPERAR ATÉ 45 MINUTOS NA FILA DO “CAIXA-RÁPIDO”.
Alguns desconhecem, outros conhecem mas parece que não estão nem aí, e há os que parecem não se preocupar se existe ou não alguma punição para quem não cumpre. Mas em Pelotas há uma lei municipal que regulamenta o “tempo em que os usuários de supermercados, hipermercados, macro atacados, lojas de departamentos ou congêneres” podem esperar em filas dos caixas desses estabelecimentos. “É um horror, parece deboche o que fazem com a gente”, diz a secretária Enilda Barreto, escorada no carrinho de compras do Supermercado Nacional da rua Lobo da Costa, no centro da cidade. São 19h55min da quinta-feira, 6 de fevereiro. Enilda garante estar na fila do ironicamente chamado caixa rápido há cerca de 40 minutos.
Assim como Enilda, no final da tarde, inicio da noite de quinta-feira, havia um número considerável de pessoas “padecendo” até chegar ao caixa. O calor em meio aos “corredores” era algo quase insuportável. “Vergonha isso aqui. Poderiam ao menos colocar um ventilador para amenizar o calor”, comentou o comerciário Jonata Freitas. E a fila quase não se mexia.
Na chegada aos caixas a explicação pela demora: no espaço destinado aos caixas-operadores existem acomodações para seis funcionários. No entanto, apenas a metade estava em atividade. Perguntado, um dos funcionários deixa “escapar” que alguns colegas estão ajudando na loja do calçadão da Andrade Neves. Esse seria o principal motivo da demora no atendimento. Mas a quinta-feira não era exceção: “Ontem(quarta-feira) estava a mesma coisa. Eu desisti das compras após esperar 25 minutos na fila”, garante Sônia Medeiros.
Procurada pela Reportagem do Diário da Manhã, a gerência do Nacional não quis falar, oficialmente, sobre o problema. No entanto, em conversas com funcionários da loja foi possível apurar que alguns colegas, de fato, estão reforçando o atendimento na loja do calçadão. O gerente, Ilzo, disse apenas que está no limite do número de funcionários suficiente para o atendimento. E disse desconhecer a lei que regulamenta o tempo de espera na fila. Também lembrou que a demora em filas ocorre em quase todos os estabelecimentos comerciais da cidade. Bem lembrado. Em supermercados, casas lotéricas, bancos, enfim, simples mortais estão a mercê do sistema. E da boa vontade dos administradores.
O QUE DIZ A LEI 5.816/2011?
No seu artigo 1º diz que “Todos os estabelecimentos comerciais denominados supermercados, hipermercados, macro atacado, lojas de departamento e congêneres, no âmbito do Município de Pelotas, fica obrigados a manter, no setor de caixas, funcionários em número compétivel com o fluxo de usuários, de modo a permitir que cada um destes seja atendido em tempo razoável”.
O tempo de espera estipulado pela Lei é de “até 10 minutos em dias normais; até 15 minutos em vésperas ou após feriados nacionais e locais e do primeiro ao sétimo dias úteis de cada mês, período de incremento de vendas”. Portanto, no caso do Nacional da Lobo da Costa, na quinta-feira e outros dias, relatados pelos usuários houve, digamos, um descuido dos gestores em relação ao seu público. A Lei prevê “advertência, multa, suspensão temporária e até em definitivo das atividades dos estabelecimento.
Em seu artigo 2º, a Lei diz que “A fiscalização dos estabelecimentos comerciais (…) e aplicação das penalidades decorrentes de infrações à disposição da Lei serão realizados pelo órgão municipal de defesa do consumidor”. Ontem, a Reportagem do Diário da Manhã tentou em vão, junto a diversos setores da Prefeitura Municipal, saber que fiscaliza, de fato, o cumprimento da Lei 5.816/2011, que não fala nada sobre filas em agências bancárias, por exemplo.