Graça Foster diz que compra de Pasadena não foi bom negócio
Presidente da Petrobras confirmou omissão de duas cláusulas e disse que, hoje, não encaminharia a compra, se tivesse todos os dados relativos ao negócio
A presidente da Petrobras, Graça Foster, reconheceu nesta terça-feira (15) que a compra da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA), no presente momento, não foi um "bom negócio" para a estatal. Ela disse também que o resumo executivo para justificar a operação de compra da refinaria não mencionava duas cláusulas (Put Option e a Marlim) que acabaram por encarecer o negócio. "Nós hoje não encaminharíamos a compra da refinaria se tivéssemos todos esses dados sobre a mesa", disse. "De todas as leituras e as vezes que vi o ex-presidente da Petrobras (Sérgio Gabrielli), eu não o ouvi dizendo que foi um excelente negócio. O que ele disse é que na época foi considerado um bom negócio", acrescentou.
"Ele (o resumo) deve conter todas as informações necessárias e suficientes para a devida avaliação do que se deve fazer. E, além disso, é necessário apontar os pontos fortes e fracos da operação. Não tem operação 100% segura". A compra se embasou em resumo feito pelo ex-diretor da área internacional da Petrobras Nestor Cerveró.