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domingo, 1 de junho de 2014

DAS TELONAS À REALIDADE - COMO SE MORRE NO ESPAÇO ?

Apesar do 'drama' dos filmes, saiba como realmente pode morrer um astronauta no espaço.


Um astronauta azarado exposto ao quase vácuo da órbita da Terra sem um traje adequado não explode ou congela imediatamente como mostrado nos filmes e pode sobreviver por mais tempo do que você imagina

Perda de consciência
O primeiro efeito da exposição ao vácuo de um astronauta azarado é fruto da abrupta queda da pressão externa. Isso faz com que seus pulmões passem a trabalhar “ao contrário”, removendo gases, incluindo o essencial oxigênio, do sangue. Assim, se a pessoa não tentar prender a respiração, o que provocaria a ruptura dos pulmões, e exalar lentamente, é possível que fique consciente por 15 a 30 segundos, tempo que o sangue sem oxigenação leva para ser bombeado pelo coração dos pulmões ao cérebro.

Ebulismo
Em paralelo, também ocorre o ebulismo, formação de bolhas de gases no sangue e tecidos semelhante à que acontece com mergulhadores. Isso porque, na ausência de pressão, o ponto de evaporação dos fluidos corporais cai para menos do que a temperatura normal do corpo, o que faz com que a água neles se transforme em vapor rapidamente. Os órgãos internos incharão, mas não explodirão como nos filmes. Já no caso do sangue, o processo será contido pelo sistema circulatório, mas ele será visível nos olhos, boca, língua e pele do azarado astronauta, que parecerão “borbulhar”.

Hipóxia
Já inconsciente, nosso astronauta azarado passará a sofrer com os sintomas mais graves da falta de oxigênio. A pressão sanguínea começa a cair rapidamente e eles apresentará sinais como a cianose, uma coloração azulada da pele, lábios e outras partes do corpo. Seu cérebro, no entanto, ainda funciona, assim como o coração e, caso seja resgatado e ressuscitado num prazo de cerca de 90 segundos, é possível que sobreviva ao incidente sem sequelas.

Queimaduras de frio e radiação
A rápida evaporação dos fluidos corporais nos olhos e boca do azarado astronauta será seguida pelo seu congelamento quase imediato, o que poderá provocar queimaduras de frio nestas partes do corpo. Mas de modo geral ele perderá calor muito lentamente, já que na órbita da Terra não há muitas moléculas de gases e outros corpos com que possa justamente trocar este calor. Por outro lado, sem uma roupa de proteção, ele estará sujeito a graves queimaduras causadas pela exposição à intensa radiação solar.

Conclusão
Apesar da maneira dramática como é apresentada em filmes e outras obras de ficção, a morte no espaço na verdade é relativamente lenta e indolor. Com pouca oxigenação no cérebro, nosso azarado astronauta provavelmente experimentaria até sensações de euforia antes de desmaiar e ainda teria uma janela de resgate de mais um minuto. Depois disso, porém, a morte é certa.






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