O papa Bento 16 rezou pela paz e pela renovação nesta terça-feira perante um ícone religioso que é um poderoso símbolo da nação cubana, mas os líderes comunistas da ilha deram uma resposta rápida e categórica: nenhuma reforma política está a caminho depois de cinco décadas do governo de partido único.
Dias depois de criticar a ideologia marxista, na qual o sistema cubano é baseado, Bento 16 continuou a tocar gentilmente em temas que são altamente sensíveis para o governo cubano em sua prece e curto discurso no santuário da Virgem da Caridade de Cobre perto de Santiago de Cuba, no leste do país.
Mas não demorou muito para um alta autoridade em Havana rejeitar quaisquer perspectivas de mudança política. Marino Murillo, o czar da economia de Cuba e um vice-presidente, disse que, apesar de o país estar mexendo na economia, "não haverá reforma política".
"Em Cuba não haverá uma reforma política; em Cuba falamos da atualização do modelo econômico cubano, que faça nosso socialismo sustentável e que tem a ver com o bem-estar de nosso povo", afirmou Murillo, que dirige a reforma econômica de Raúl Castro.
Indagado sobre as declaraçoes de Bento 16, que pediu na sexta-feira que os cubanos deixem de lado o marxismo, que "já não responde à realidade e busque novos modelos", Murillo respondeu: "Tudo que preserve a unidade da nação, o socialismo cubano e nosso desenvolvimento, é bem-vindo."
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