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quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Brasil aceita ter metas obrigatórias de corte de emissão de CO2 após 2020

DURBAN - A ministra Izabela Teixeira (Meio Ambiente) discursou na 17ª Conferência do Clima da ONU (COP-17) e afirmou pela primeira vez claramente que o Brasil aceita um acordo global com força de lei em que tenha metas obrigatórias de corte de emissão de gases de efeito estufa para entrar em vigor logo após 2020.

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"Por isso se todos, repito, todos trabalharmos juntos poderemos negociar o mais cedo possível um novo instrumento legalmente vinculante sobre a Convenção (do Clima), baseado nas recomendações da ciência que inclua todos os países para o período imediatamente pós-2020. Esta é nossa ambição. Este é o nosso objetivo", afirmou a ministra.
O Brasil também ressaltou que trabalha com afinco para que ocorra a adoção de um segundo período de compromisso do Protocolo de Kyoto - já que o primeiro encerra em dezembro de 2012. Esse tratado foi o primeiro acordo global para cortar emissões dos gases que provocam as mudanças climáticas. Mas Kyoto é considerado fraco por não incluir os atuais maiores poluidores: os EUA, que nunca ratificaram o protocolo, e a China, que como país em desenvolvimento não tinha meta obrigatória nesse tratado.
É por isso que a União Europeia defende desde o início da COP-17 que se faça o segundo período de Kyoto, contanto que ao mesmo tempo se desenhe um cronograma para um acordo mais abrangente, que inclua todos os maiores emissores - em que Estados Unidos, China, Índia e Brasil, por exemplo, também tenham metas obrigatórias. Para os europeus, o acordo precisa ficar pronto até 2015 e entrar em vigor em 2020 (os países teriam cinco anos para ratificar o tratado).
O chefe da delegação americana em Durban, Todd Stern, disse pela manhã que seu país não está bloqueando as negociações e que é favorável à ideia da União Europeia. Com isso, as atenções se voltam agora para a China - que coloca várias condições para aceitar um tratado legalmente vinculante - e a Índia - que argumenta que ainda tem boa parte da população na pobreza e não quer ser obrigada a cortar as emissões.

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