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quinta-feira, 22 de março de 2012

GASOLINA Mais Cara - preço poderá subir 4,15% em maio


Consumidores poderão ter de enfrentar um reajuste de até 4,15% na gasolina, ainda no primeiro semestre deste ano. O principal fator a motivar o reajuste é a grande defasagem dos preços internos do combustível e do petróleo no mercado internacional.

Preço poderá subir 4,15% em maio
Quem faz a previsão é o analista da Tendências Consultoria, Thiago Curado, contradizendo algumas afirmações da própria presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, que afastava a possibilidade de um reajuste nos preços dos combustíveis no Brasil.

Reajuste deve acontecer em maio
Curado explica que a Petrobras já vem apresentando fortes prejuízos, por conta da diferença nos preços nacionais e internacionais, “o que demanda um reajuste rapidamente”. Apesar de não ser possível prever com precisão o momento do reajuste, a expectativa é de que ocorra ainda em meados de maio deste ano.

A época seria conveniente por alguns fatores. Primeiro, pelos próprios prejuízos da Petrobras, que mês a mês vai tornando a situação insustentável. Segundo, porque estaria de acordo com uma estratégia eleitoral, já que não seria interessante o governo deixar o reajuste para o final do ano, quando acontecem as eleições municipais de 2012.

Estratégia de governo
De acordo com os cálculos do analista, o aumento do produto para as refinarias estaria em torno de 10%, tanto no preço da gasolina quanto do diesel. Como a indústria absorve parte desse aumento, os consumidores só teriam de lidar com os 4,15%, que também podem ser reduzidos se o governo optar por alterar a Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico).

Com a Cide, o repasse seria um pouco menor para o consumidor, mas Curado não acredita que o governo usará esse artifício. Isso porque um reajuste agora não seria um grande problema, visto que os preços da gasolina estão estagnados desde 2005 e a renda da população cresceu bastante desde então.

Além disso, as previsões revelam que em 2013 e 2014 as pressões inflacionárias poderão tornar o cenário interno muito mais complicado, exigindo que o governo intervenha via Cide, no caso de novos reajustes. Portanto, “o governo estaria arriscando bastante, se ele gastasse esse recurso agora”, diz.

Não existem, portanto, motivos para o governo continuar postergando o reajuste, já que é algo inevitável. “Se ele continuar postergando, vai gerar um dano muito maior na Petrobras no futuro”, analisa Curado. Assim, para o analista, apesar do governo reconhecer a importância de não alterar os preços da gasolina, por ser um item essencial para os brasileiros, o momento exige um reajuste e também permite que ele seja realizado.


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