No documentário Arquitetura do Mal, o eixo da narração gira em torno de
como o Führer conseguiu colocar em prática sua ideologia e arrastar
multidões. Conta a história do nazismo, desde seu começo até seu fim. No
desenrolar do filme são apresentadas histórias pessoais, assim como
também ambições de Hitler. Entre suas fixações estão a cidade de Linz,
sua terra natal; as antiguidades e o compositor Wagner, que era
considerado seu ídolo e o inspirou com idéias. Entre elas estavam o mito
do sangue puro, base para novas civilizações.
Hitler não foi aceito na escola de arte de Viena, e é posto pelo filme como um pintor e arquiteto fracassado. Utilizou suas experiências para criar os símbolos nazistas, como uniformes e pedestais, dando oportunidade de demonstrar sua ambição artística. Ele se considerava um artista e não um político, no entanto quando a guerra acabasse, queria dedicar-se exclusivamente à arte.
Era considerado cenógrafo, diretor e ator principal da vida alemã. Chega ao poder em 30 de janeiro de 1933, criando a partir desse momento sucessivas exposições de arte. Em algumas delas mostrava a arte "degenerada" (moderna), associando essa mesma arte a pessoas deficientes, tanto físicas como mentais, ratificando a idéia de que a raça ariana estava imune a todos estes problemas. A arte degenerada era considerada a arte do judeu e por isso deveria ser extinguida, só assim a arte alemã seria purificada. Em 1937, Hitler inaugura um museu com uma exposição de arte genuinamente alemã que representava o fim da insanidade, da arte modernista. Nesse mesmo contexto, judeus, ciganos e partidários políticos eram perseguidos em toda Alemanha.
Na ideologia
do arinaismo, a pura raça ariana estava livre de qualquer doença.
Diante disso, Hitler buscou formar uma raça ariana pura, um novo tipo
alemão:“Devemos criar um novo homem para que a nossa raça não se sucumba
à degeneração dos novos tempos”. Com isso, impediu que os
hereditariamente doentes tivessem filhos. Em um filme exibido em 1937,
mostra que o crescimento da população alemã era de 50% e das doenças era
de 450 %; em cinquenta anos haveria um deficiente para cada quatro
pessoas. Nesse contexto, médicos perderam sua função inicial de salvar
vidas e passaram a ser instrumento fundamental na criação do novo homem
alemão. Cerca de 45% dos médicos se filiaram ao partido nazistas.
Os
judeus eram considerados pela sociedade nazista como sendo bactéria,
inseto, verme, câncer que se alastrava e que tinham espalhado a
tuberculose. Com isso, via-se a necessidade de se fazer uma limpeza
etnológica para o bem estar e a saúde do povo alemão. Uma nação perfeita
para Hitler era construída pela junção de três nações clássicas, assim
como ele mesmo dizia:“Roma, Esparta e Grécia, uma mistura das 3, nossa
nação nunca se perderá”. Em 1939 foi criado um programa de eutanásia que
promoveria uma limpeza etnológica e preservaria o processo de formação
de um tipo alemão único e puro. Este previa que o genocídio seria feito
de modo inovador com o uso do monóxido de carbono. Depois de mortos, os
corpos eram queimados. Em agosto de 1941, com o ínicio da decadência do
regime nazista, Hitler suspendeu o programa e a política de extermínio
foi mais sigilosa.
Em 14 de junho de 1938, foi criado, por um
conjunto de iniciativas de Hitler, um projeto arquitetônico para se
construir uma nova Berlim, inspirada em Paris, com destaque para o
projeto secreto, de um prédio onde seria a chancelaria. Nesse conjunto
de idéais pretendia-se também transformar Linz em um centro da cultura
alemã. Em 1940, quando Hitler estava em seu auge, a França foi invadida.
Logo após a invasão, Hitler foi visitar Paris que era seu sonho, e
durante sua visita não sabia se destruía a cidade ou a deixava intacta,
devido a tamanha beleza, que o impressionara.
Em 22 de junho, os
nazistas atacaram a União Soviética e nesta empreitada as cidades russas
teriam de ser apagadas da memória. No entanto, o inverno russo chega em
novembro e as tropas não estavam equipadas porque acrediatavam que
iriam ficar somente por volta de um mês. A partir desse momento começa a
derrota dos alemães. São diversos os quadros pintados que retratam a
invasão, feitos pelos artistas enviados ao front que espelhavam a
derrota da Alemanha.
Perder a guerra não significava para Hitler o
fim do nazismo. Ele próprio pensava que toda a ideologia já semeada
inspiraria futuras gerações. No entanto, com a derrota total, o nazismo
foi logo se apagando e entrou em colapso, não havendo nenhum ponto de
resistência. O nazismo perdeu seu ímpeto por completo.
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