Tão logo recebeu o ofício 288/2012 do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), composto por um parecer técnico que apontou algumas alterações a serem realizadas nos projetos do Theatro Sete de Abril, a prefeitura, por meio da Secretaria de Cultura (Secult), deu início aos trabalhos de adequação dos referidos projetos no sentido de atender as recomendações do órgão.
Após análise do parecer técnico do Iphan, a equipe técnica da Secult, acatando as recomendações recebidas, implementa nos projetos já enviados ao Iphan algumas alterações, além de providenciar a contratação de empresas especializadas na área de projetos técnicos de impacto acústico, de prevenção de incêndio e o diagnóstico do estado da estrutura da cobertura do teatro.
Segundo o superintendente da Secult, Mogar Pagana Xavier, alguns dos pontos mencionados pelo Iphan como passíveis de alterações, já sofreram intervenções no projeto, estando sanados. Dentre estas intervenções o Iphan destaca como prioritárias a substituição da iluminação do fosso por sistema de trilhos, com luminárias acopladas que permitam direcionar o foco de luz, a realização de estudo técnico detalhado demonstrando as vantagens, ou não, da cobertura em madeira e outros itens. Todos os itens mencionados no parecer estão sendo minuciosamente analisados pelo corpo técnico da Secult , dada a complexidade de cada um dos projetos envolvidos e que formam o projeto executivo da obra.
O Theatro Sete de Abril, que possui tombamento federal, foi oficialmente interditado em ato do governo municipal datado de 15/03/2010, em processo que teve início em janeiro do mesmo ano quando o Ministério Público Federal recomendou, em 07/01/2010, a imediata suspensão da utilização do teatro. No dia 20 do mesmo mês o próprio Iphan recomenda a interdição do Theatro com objetivo de preservar a segurança do bem e de seus usuários. A mesma decisão foi ratificada pelo corpo técnico contratado pela Secult que recomendou que o prédio permanecesse fechado até a conclusão das obras de reparo.
Mogar explica que para executar alguns dos projetos complementares solicitados, em função da complexidade dos mesmos, estes serão realizados por meio de contratação de empresas especializadas e com larga experiência no assunto. “Temos pressa em fazer com que nosso teatro volte a funcionar e abrigar grandes espetáculos, porém, entendemos que por se tratar de um projeto de restauro completo, complexo e minucioso, é necessário que se façam estas adequações com calma, com cuidado para que o Iphan efetivamente aprove o que está sendo feito”, explicou Mogar.
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