Ministro discordou do argumento da defesa de que era precisa mais tempo para analisar as investigações contra o bicheiro
Brasília - O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta segunda-feira manter para esta terça-feira, a partir das 14h, a convocação do contraventor Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito, (CPMI) que investiga suas relações com políticos, empresários e autoridades.
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Bicheiro teria usado a polícia para fechar bingos concorrentes - Foto: Divulgação
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O ministro do STF Celso de Mello negou pedido de habeas corpus feito pela defesa de Cachoeira por novo adiamento do depoimento. Os advogados alegaram falta de tempo para analisar todo o inquérito, liberado semana passada pela CPI do Cachoeira. Como estratégia, a defesa afirma que o bicheiro pode se valer do direito constitucional de permanecer em silêncio durante o interrogatório para não produzir provas contra si mesmo.
Na semana passada, Celso de Mello havia autorizado o adiamento do depoimento do contraventor à CPI, que aconteceria no dia 15, terça-feira. Os advogados de Cachoeira pediram ao tribunal para que ele só prestasse depoimento depois de ter acesso a todos os documentos da investigação. Por isso, o novo pedido seria imotivado, após a liberação dos documentos para a defesa.
No Conselho de Ética do Senado, que investiga o senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO) por suspeita de quebra de decoro parlamentar, Cachoeira é esperado amanhã. No Conselho, se Cachoeira prestar depoimento, será na condição de testemunha de defesa do senador.
Demóstenes é acusado de usar o mandato parlamentar para beneficiar a rede de negócios do bicheiro, o que pode resultar na cassação do seu mandato.
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