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domingo, 20 de maio de 2012

Transparência, crise, reprovações, verdade


Ilustração

Por: Walter Galvani, jornalista

Uma semana cheia, essa que passou, como também o será a próxima, mas é preciso, nesse momento de pausa, pensar bem, para ver o ponto em que estamos e o que sucede no Brasil e em nosso Estado. A Lei da Transparência, a ela teremos que nos acostumar todos. Do governador ao prefeito, passando pelos titulares dos pequenos ou grandes departamentos, assembleias, câmaras e senado. Ou seja: estar em condições de prestar esclarecimentos sobre o andamento de solicitações, projetos, processos, pedidos, seja lá o que for. 

A Lei de Acesso à Informação em vigor desde o dia 16 de maio torna obrigação o que deveria ser procedimento normal, afinal de contas, dizer como anda uma solicitação feita a um órgão governamental e adaptar o comportamento particular a esta nova "cultura". 

No dia seguinte, instaurou-se a Comissão da Verdade e a partir dela, procurando habilidosamente não se chocar com a Lei da Anistia, quer-se saber tudo sobre os anos de chumbo, de 1966 a 1986. Tudo ou quase tudo... na certa, mas pelo menos a porta está aberta.

E depois, vieram as desilusões, para nós gaúchos, que, ainda não sabemos se somos mais rigorosos que os demais ou se realmente a educação por aqui anda em crise. Assim, recebemos a notícia de que um em cada cinco alunos do Ensino Médio é reprovado e não temos segurança para atribuir qualquer culpa às estruturas do ensino, aos pais ou aos professores ou a todos juntos. 

A semana não havia ainda se encerrado e foram divulgados os resultados dos concursos para o magistério e ficamos sabendo que mais de 90% dos candidatos haviam sido reprovados. Uma vez mais, fica no ar a pergunta: excesso de rigor gaúcho? Ou a triste realidade em que estamos atolados, com os alunos sabendo tudo de aparelhos celulares e computadores e nada de língua portuguesa, matemática e história?

Pois é... Vamos refletir bem sobre esse pacote de possibilidades e novidades, dificuldades e perspectivas... E, pensando bem, aproveitando a "transparência" e a "verdade", não seria a hora de uma atitude mais crítica e radical com relação aos nossos princípios, nossos orgulhos e a nossa realidade?


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" Povo que reivindica seus direitos é melhor respeitado."