Renan Calheiros rebate Ideli sobre chantagem do Congresso e diz que Casa ‘tem responsabilidade com o Brasil’
Ministra das Relações Institucionais afirmou que Casa exige contrapartida em troca de apoio
O presidente do Congresso, Renan Calheiros, rebateu as declarações da ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, de que a possibilidade de a Casa fazer chantagem com o governo “existe e de vez em quando acontece”.
Em entrevista ao O Estado de S. Paulo de domingo (16), Ideli disse que o principal motivo para a chantagem é o governo de coalizão, já que o Executivo distribui cargos aos partidos aliados. Renan participou de um almoço com empresários, promovido pelo Lide (Grupo de Líderes Empresariais) em São Paulo, na última segunda-feira (17).
RENAN CALHEIROS x IDELI SALVATTI |
— Isso é uma generalização. Ela não responde exatamente às perguntas que acontecem em relação à ela [a ministra Ideli Salvatti]. Nos setores, você tem pessoas que agem diferentemente. No Congresso deve ter também, mas o Congresso tem muita responsabilidade com o Brasil.
Nesta semana, o governo federal vai liberar cerca de R$ 2 bilhões em emendas parlamentares, o que foi interpretado como uma medida para aliviar o clima entre o Executivo e o Legislativo.
Questionado entre a diferença na maneira de administrar o relacionamento entre os dois poderes, no governo Dilma e no governo Lula, Calheiros disse não ser prudente comparar estilos. O parlamentar também foi presidente do Congresso à época em que Lula era presidente.
Judiciário x Legislativo
Após a recente tensão gerada pela tentativa do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes, de impedir a tramitação do projeto de lei que inibe a criação de novos partidos políticos, Renan sinalizou que a relação entre Judiciário e Legislativo melhorou.
— Estas tensões [entre os poderes] são quase que diárias, são tensões permanentes. E são também legítimas e naturais.
Para Renan Calheiros, não pode haver controle preventivo de constitucionalidade por parte do Judiciário. A matéria sobre a criação de novos partidos pode ser derrubada se mais um ministro da Corte se posicionar contra a paralisação da tramitação da matéria. A decisão sai na sessão do Supremo da próxima quarta-feira (19).
R7
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