A busca pelo voo MH-370 da Malaysia Airlines é a "mais desafiadora" já vista, segundo o homem responsável pela coordenação das buscas a partir da Austrália.
O marechal chefe da Força Aérea australiana Angus Houston afirmou ainda que a busca pelo avião deve durar semanas.
A aeronave desapareceu no dia 8 de março quando viajava de Kuala Lumpur para Pequim levando 239 pessoas.
Objetos achados no Índico não pertencem ao avião desaparecido
Nesta terça-feira (1º), Houston, que lidera a nova agência que está coordenando as buscas, a JACC, afirmou que a tarefa é "muito complexa" pois as equipes não têm informações seguras sobre o voo.
— Não é algo que será, necessariamente, resolvido em duas semanas, por exemplo.
As equipes de busca estão concentradas em uma área ao sul do oceano Índico, tentando encontrar algum sinal do avião desaparecido.
Dez aeronaves militares e nove navios devem examinar a área de buscas nesta terça-feira, segundo Houston.
De acordo com o correspondente da BBC em Perth, na Austrália, Jonah Fisher, o militar explicou que as equipes não têm informações sobre a altura em que o avião voava no momento em que desapareceu do radar.
Uma mudança relativamente pequena na altitude pode afetar a velocidade e consumo de combustível do avião e alterar muito o local da queda, segundo Fisher.
Provas
O voo MH-370 desapareceu há mais de três semanas e as autoridades da Malásia afirmaram que, com base nos dados coletados por satélites, chegaram à conclusão de que o avião caiu no sul do Oceano Índico.
No entanto, muitos familiares de passageiros a bordo exigiram provas de que o avião realmente caiu e também demonstraram insatisfação com o que afirmam ser falta de divulgação de informações por parte das autoridades da Malásia.
Dezenas de familiares dos 153 passageiros chineses do voo da Malaysia Airlines foram para Kuala Lumpur para tentar conseguir mais informações.
Na noite de segunda-feira (31), as autoridades malaias divulgaram uma nova versão da última comunicação entre os controladores de tráfego aéreo e a cabine do piloto do MH-370.
Na declaração, as autoridades informaram que as últimas palavras recebidas pelos controladores de voo foram "boa noite, Malaysian três sete zero".
Anteriormente, as autoridades afirmaram que as últimas palavras vindas da cabine tinham sido "tudo certo, boa noite".
Ainda não se sabe exatamente a razão de a versão oficial ter mudado.
Correspondentes afirmam que muitos familiares dos passageiros já estão acusando as autoridades de não fazer as buscas de forma adequada e a última mudança na versão oficial pode aumentar ainda mais a falta de confiança nas autoridades do país.