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segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Camelódromo ganha mutirão pela retomada das atividades

Foto: Paulo Rossi

Por: Michele Ferreira
michele@diariopopular.com.br

Poucas horas depois do incêndio que destruiu, totalmente, 24 bancas das 400 do Camelódromo de Pelotas, o clima era de um novo mutirão na manhã desta segunda-feira (24).

Estruturas de madeira transformadas em cinza, ferros retorcidos, mercadorias consumidas. As montanhas espalhadas pelo meio da rua e, que no domingo acumulavam artigos de todos os tipos, nesta segunda reuniam o lixo. Escancaravam o que restou do incêndio que durou mais de duas horas na noite de domingo. Um processo de limpeza que poderia virar lucro para quem trabalha com catação ou viu a oportunidade de fazer renda extra.

Foi o caso do guardador de carros, Gabriel de Oliveira, de 20 anos, "Sempre pode ter coisa boa. Alumínio, ferro, cobre, garrafas plásticas. Tudo pode ser vendido", diz e remexe os entulhos. "É sempre assim. O que é ruim para uns é melhor para outros".

Recomeço
Do lado de dentro do Camelódromo, os trabalhadores se revezavam em desmanchar as estruturas danificadas e lavar o chão. Ainda é cedo para afirmar, mas os vendedores pensam em montar bancas móveis nos seus espaços, para retomar as atividades o mais rápido possível, já que estão às vésperas do Dia das Crianças.

"Não vai dar para aproveitar nada. Não consegui nem parar para pensar no prejuízo", admitiu Margarete Barcelos, 46. "Mas vamos recomeçar e vamos vencer. Não vamos nos abater. Nada nos vence. Os camelôs têm muita força".

Aliás, a palavra união prevalecia nesta manhã, em meio aos corredores. Mesmo com os comentários de uma possível interdição, quem não foi atingido, trata de abrir o ponto e organizar a mercadoria para estar em condições de ajudar os companheiros. "Se todo mundo parar, ninguém se reergue. O único jeito de o pessoal se recuperar é nos deixando trabalhar", argumentou Arildo Pontes, 43, camelô desde os 13 anos de idade. 

Causas
As causas do incêndio ainda não estão confirmadas. A principal hipótese aponta a um curto-circuito. Só o trabalho do Instituto Geral de Perícias (IGP), a partir de agora, irá confirmar a versão.


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