As cerca de 200 famílias moradoras do Loteamento Novo Milênio, na Zona Norte da cidade, estão mais perto da formalização de suas moradias. Na manhã de sábado (22), a Universidade Católica de Pelotas (UCPel) entregou o projeto de regularização fundiária do local, elaborado durante aproximadamente um ano e meio por alunos dos cursos de Direito e Arquitetura e Urbanismo.
O trabalho foi realizado pelos Núcleos de Assessoria Popular e Habitação Social da Universidade. O levantamento físico, com preparação de mapas, desenhos de cada lote, tipologia de residências e toda a tramitação legal foi realizado. O material deu origem a três livros, com descrição e certidão de cada habitação.
O presidente da Associação dos Moradores do Novo Milênio, Sidney da Costa Gomes, elogiou o trabalho que trouxe orgulho à comunidade. “Estávamos como grupo invasor, sem identificação. Agora temos um documento de moradia nas mãos”, disse ele, que mora há onze anos no local.
O secretário de Habitação, Paulo Roberto Bahr, participou do evento e recebeu o material de regularização. A secretaria comprometeu-se em receber os moradores nesta semana e encaminhar a solicitação à Procuradoria do Município.
O professor Noé de Mello, que junto à professora Joseane Almeida coordena o Núcleo de Habitação Popular, destacou a integração de Arquitetura e Direito como uma ação enriquecedora, em especial para os acadêmicos. Segundo ele, a ação na comunidade demonstra o papel da UCPel. “O aluno fica com uma visão holística e isso demonstra que o estudante se forma saindo das quatro paredes da Universidade para trabalhar envolvido na própria comunidade”, pontuou.
A pró-reitora Acadêmica, professora Patrícia Giusti, também falou dessa missão. “Os alunos aplicam seus conhecimentos em serviço ao próximo, conforme a identidade cristã. E isso resulta na formação de profissionais competentes e comprometidos com a concretização de uma sociedade mais justa”, disse.
As acadêmicas do quinto semestre de Direito Pâmela da Costa Lopes e Rosiane Cardoso foram voluntárias da Assessoria Popular do projeto. “Agradeço à Universidade por ter nos colocado o anseio de modificar a realidade social e garantir os direitos da população”, disse Pâmela, ao agradecer, também, a acolhida dos moradores. Rosiane falou sobre a oportunidade de atuar com outros cursos. “Pudemos conhecer essa comunidade e fazer algo para mudar sua situação”, comentou.
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