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quinta-feira, 4 de julho de 2013

''ALOPRADOS'' do PT ligados à Lula e envolvidos na ' Máfia das Ambulâncias ' terão de devolver quase R$ 2 Mi

Justiça determina devolução de R$ 1,7 milhão dos ‘aloprados’

Dinheiro voltará para os cofres da União sete anos depois do escândalo do dossiê em SP

Quase sete anos após a apreensão de R$ 1,7 milhão com os chamados “aloprados” do PT, a montanha de dinheiro que quase mudou os rumos da eleição presidencial de 2006 foi, enfim, revertida para a União. A decisão é da Justiça Federal de Mato Grosso.

O dinheiro havia sido apreendido com os petistas Valdebran Padilha e Gedimar Passos em um hotel de São Paulo, onde eles negociariam a compra de um falso dossiê elaborado por membros da máfia das ambulâncias. O dossiê prejudicaria o candidato tucano ao governo de São Paulo, José Serra.


Ainda em 2006, a Polícia Federal investigou o caso, indiciando pessoas ligadas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao ministro Aloizio Mercadante (Educação), então candidato ao governo de São Paulo.

Entre os indiciados estavam Expedito Veloso, então diretor de Gestão de Riscos do Banco do Brasil, Hamilton Lacerda, assessor de Aloizio Mercadante, e Jorge Lorenzetti, analista de risco da campanha de Lula. O próprio Mercadante chegou a ser indiciado, mas o STF arquivou o inquérito contra ele.

Em julho de 2011, o Ministério Público Federal encaminhou uma petição à Justiça pedindo uma definição sobre o que fazer com o dinheiro, já que até aquela altura ninguém havia reclamado sua propriedade.

A apreensão aconteceu em 15 de setembro de 2006 dentro de dois quartos do hotel Íbis, em São Paulo. No apartamento de Gedimar, estavam US$ 139 mil e R$ 410 mil. No apartamento de Valdebran foram encontrados US$ 109,8 mil e R$ 758 mil.

O escândalo mudou os rumos da eleição presidencial. As imagens da montanha de dinheiro ajudaram a levar para o segundo turno a disputa entre o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o candidato tucano Geraldo Alckmin. Apesar disso, Lula se reelegeu no segundo turno.

Desde então, os R$ 1.168.000 em moeda nacional estavam depositados em duas contas judiciais da Caixa Econômica Federal. Já os dólares permaneciam acautelados no Departamento de Meio Circulante do Banco Central. Nesta terça-feira, a Justiça Federal encaminhou uma comunicação às ruas instituições financeiras para que destinem o dinheiro à União.

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