"A FDRH não é alvo de investigação. O mandado de busca e apreensão na Instituição foi para verificarmos documentos que interessam e que podem colaborar com os esclarecimentos. Respeitamos bastante a FDRH. Todos os documentos foram alcançados e a Fundação para o Desenvolvimento de Recursos Humanos está colaborando com a investigação", salientou o delegado, segundo a FDRH.
Polícia Civil investiga suposta fraude em concurso público no RS
Esquema envolve servidores e órgãos públicos, segundo investigação.
Policiais civis da Delegacia Fazendária do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) cumprem mandados de busca e apreensão nesta quinta-feira (4) em Porto Alegre em operação que investiga suposta fraude em concurso público já realizado na capital. Do total de 31 mandados, 13 são para condução de pessoas para depoimentos na delegacia.
Policiais analisam documento durante cumprimento de mandados (Foto: Divulgação/Polícia Civil) |
Conforme a Polícia Civil, ainda não é possível informar os dados completos da operação, que está em andamento. Durante 10 meses de investigação, após pedido do Ministério Público, os policiais descobriram um esquema que envolve servidores e órgãos públicos.
A principal forma de fraudar o concurso, segundo os delegados responsávels pelo caso, Joerberth Nunes e Daniel Mendelski, seria a apresentação de títulos falsificados, para fazer com que o candidato tivesse melhor classificação.
Outra forma de fraudar o concurso seria o envolvimento de servidores públicos na emissão de certificados, coordenados por órgãos públicos, sem que os candidatos realizassem efetivamente os cursos. Alguns dos que se beneficiaram com a fraude, segundo a investigação, já teriam sido nomeados e estariam exercendo as suas funções.
Mandados são cumpridos em residências de servidores, em órgãos públicos e escritórios de estabelecimentos privados que supostamente participaram. Os números da operação serão divulgados ao longo do dia. Cerca de 100 policiais foram convocados para a operação.
Uma das instituições onde houve diligência pela manhã foi a Fundação para o desenvolvimento de Recursos Humanos (FDRH). Após o cumprimento do mandado, a FDRH emitiu uma nota de esclarecimento, informando que não é objeto de investigação, e que colabora com a apuração policial. Para justificar sua posição, a fundação citou uma declaração do Chefe de Polícia, delegado Ranolfo Vieira Júnior, em entrevista coletiva.
G1