Relator da CPI da Petrobras no Senado nega orientação a depoentes
O senador José Pimentel (PT-CE), relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras no Senado, negou nesta segunda-feira (4) ter se reunido ou orientado depoimentos de pessoas ouvidas pela comissão, conforme denúncia publicada pela revista Veja. Em nota à imprensa, o senador esclareceu que o plano de trabalho da CPI, aprovado em 14 de maio, incluía uma relação de perguntas a serem respondidas.
Além disso, Pimentel informou que os questionamentos tiveram como base o que os depoentes haviam afirmado em outras audiências públicas, bem como em tomada de contas especial do Tribunal de Contas da União (TCU), em documentos da Controladoria-Geral da União (CGU) e em denúncias publicadas na imprensa.
José Pimentel disse ter apresentado um requerimento à CPI da Petrobras, no qual pede esclarecimentos das denúncias e, se preciso, a atribuição de responsabilidades. Ele também solicita ao presidente da CPI, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), que peça à revista Veja a íntegra do vídeo que deu origem à matéria.
“A instalação dos procedimentos acima são fundamentais para o desenvolvimento da CPI, que tem um trabalho técnico e relevante a apresentar à Nação”, disse Pimentel.
Íntegra da nota
Veja a íntegra da nota divulgada pela assessoria do senador José Pimentel:
"Diante da matéria publicada pela revista Veja (edição de 6/8/2014), a qual levanta suspeita sobre o funcionamento da CPI da Petrobras, é preciso esclarecer o seguinte:
1) O Plano de Trabalho da CPI da Petrobras, aprovado, por unanimidade, em 14/5/2014, contém uma relação de perguntas a serem respondidas pelos depoentes em suas oitivas.
2) O relator não se reuniu e nem orientou o depoimento dos investigados.
3) As perguntas a cada depoente foram formuladas com base: a) no Plano de Trabalho aprovado; b) no denso material resultante da participação dos executivos da Petrobras em recentes audiências públicas, realizadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, dando prioridade a perguntas formuladas pela oposição nessas audiências; c) na Tomada de Contas Especial do TCU (inclusive Acórdãos) e em documentos da CGU; e d) nas denúncias publicadas pelos diversos veículos de imprensa e internet.
4) Na tarde desta segunda-feira, o relator José Pimentel protocolou dois requerimentos na Comissão Parlamentar de Inquérito. O primeiro, solicita a instalação de procedimento de apuração, visando o esclarecimento dos fatos e, se for o caso, atribuir responsabilidades. O segundo, solicita ao presidente que requeira à revista Veja a íntegra do vídeo que deu origem à matéria, sob o compromisso de preservação do sigilo. O objetivo é contribuir com o trabalho da comissão de apuração.
5) A instalação dos procedimentos acima são fundamentais para o desenvolvimento da CPI, que tem um trabalho técnico e relevante a apresentar à nação."