Manipular os genes para melhorar a performance esportiva. |
BÁRBARA MACRI
DE SÃO PAULO
MARIANA LAJOLO
EDITORA-ASSISTENTE DE ESPORTE
Ainda soa como projeto de ficção científica, mas o doping genético já mexe com atletas. E deixa as entidades que tentam evitar as trapaças em sinal de alerta.
A Wada (Agência Mundial Antidoping) diz não ter evidências de seu uso. Mas, para especialistas, é só questão de tempo. A cruzada contra essa fraude começou em 2002. Em 2003, foi incluída na lista de práticas proibidas.
Desde então, a Wada gastou US$ 50 milhões em pesquisas antidoping --US$ 2 milhões para o campo genético. Alemães teriam desenvolvido um teste para doping genético. Ele pode não estar pronto para Londres, mas pode entrar na Rio-16. Amostras colhidas em 2012 podem ser usadas em testes futuros.
"A Wada não fala sobre pesquisas de testes para não dar informações privilegiadas a quem quer burlá-los", afirma Terence O'Rorke, relações-públicas da entidade.
Na geneterapia, genes alterados são inseridos no genoma de um indivíduo e podem provocar a fabricação de substâncias que auxiliam no rendimento. Genes ligados à força, à resistência e às capacidades cardiovascular e respiratória podem ser os mais visados para doping.
Como a EPO (eritropoetina), que aumenta o número de células vermelhas. Sua versão sintética é doping, mas ela é produzida pelo corpo. Naturalmente.
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