Advogados apresentam as defesas ao Supremo Tribunal Federal
Nesta semana o julgamento do mensalão, no Supremo Tribunal Federal (STF), entra na fase de defesa dos réus. Cada advogado terá uma hora para apresentar argumentos a favor de seus clientes. Nesta segunda-feira(6) apresentam suas defesas os advogados do ex-ministro e ex-deputado José Dirceu, atualmente assessor do Ministério da Defesa José Genoino, do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza e Ramon Hollerbach Cardoso, sócio do empresário Marcos Valério.
Dirceu será defendido por José Luis Oliveira Lima, Genoino por Luiz Fernando Pacheco, Delúbio por Arnaldo Malheiros Filho, Marcos Valério e Simone por Marcelo Leonardo.
No dia 3, Marcelo Leonardo tentou dobrar o tempo para a defesa, alegando que Valério foi citado 197 vezes na acusação do procurador-geral da República, Roberto Gurgel. Mas o pedido foi negado pelo presidente da Suprema Corte, Carlos Ayres Britto.
Previsão
A previsão é concluir o julgamento até o final deste mês. O esforço da Suprema Corte é para que o processo seja julgado pelos 11 ministros, pois em setembro Cezar Peluso completa 70 anos e se aposenta da magistratura. Os advogados deverão apresentar seus argumentos até o fim deste mês.
No dia 3, Gurgel concluiu a sustentação oral pedindo a condenação de 36 dos 38 réus. O ex-ministro da Comunicação Social da Presidência da República Luiz Gushiken e o assessor do PL (atual PR) Antonio Lamas foram excluídos da condenação por falta de provas.
Gurgel disse que recebeu ameaças de pessoas interessadas em constranger e intimidar o Ministério Público Federal. “Esse comportamento é intolerável e inútil, pois, no MPF, somos insuscetíveis de intimidação”, disse. A exposição de Gurgel foi dividida em duas partes. Na primeira, ele apresentou os réus e, na segunda, detalhou as “situações criminosas” em que cada um deles se envolveu.
Crimes
Para cada situação, Gurgel apontou um crime. Os delitos citados na denúncia, variando conforme o réu, são formação de quadrilha (um a três anos de prisão), corrupção ativa e passiva (dois a 12 anos cada), peculato (dois a 12 anos), evasão de divisas (dois a seis anos), gestão fraudulenta de instituição financeira (três a 12 anos) e lavagem de dinheiro (três a dez anos). Alguns crimes, segundo o procurador, foram cometidos várias vezes e, por isso, alguns réus respondem a dezenas de acusações.
Fonte: Agencia Brasil
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