Teve início esta semana o projeto Samuzinho, desenvolvido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Pelotas, que promove palestras educativas e atividades práticas com alunos, em diversas escolas da rede pública e privada de ensino do município. A primeira instituição a integrar o projeto é a Escola Municipal Jacob Brod, localizada na avenida Fernando Osório, Três Vendas.
O principal objetivo do projeto é promover a educação permanente das crianças de escolas públicas e privadas, alertando sobre os prejuízos provocados pelos trotes. Além disso, o Samuzinho visa conscientizar a importância da atuação correta em situação de risco; refletir sobre a importância de vida e os movimentos de solidariedade; comunicar adequadamente a solicitação de ajuda do serviço 192 e desmistificar ideias errôneas, comumente associadas a impulsos na busca do auxílio à saúde. Participam do projeto médicos, enfermeiros, técnicos, condutores do Samu e o Mascote Samuzinho.
Trotes
Criado em nível nacional, o projeto Samuzinho deve ser adaptado às diferentes realidades dos municípios. Em Pelotas, a prioridade é a conscientização com relação aos trotes. Levantamentos realizados pelo Samu mostram que 31% das chamadas recebidas pelo serviço são de falsos pedidos. Até junho o Samu registrou mais de 115 mil chamadas, sendo 36 mil trotes, a maioria no horário de recreio das crianças nas escolas: das 8h40min às 11h, das 12h30min às 14h e das 15h30min às 17h. É recebido um trote a cada 30 segundos de crianças em idade escolar, de 7 a 12 anos. Como o serviço é acionado por ligação gratuita, facilita os trotes, já que as crianças podem usar telefones públicos.
Atividades
Em cada escola, o trabalho é desenvolvido durante dois dias. A primeira etapa consta de explicações sobre o que é o Samu, como se dá seu funcionamento em linguagem acessível à criança. A segunda etapa envolve o que os psicólogos chamam de “trabalhar a fecundação da mentalidade da criança”. O aluno recebe figuras em preto e branco – para destacar que são situações reais – de pessoas doentes, feridas, em ambulâncias. Com essas figuras a criança faz montagens, com base nas informações passadas durante a palestra. A última etapa compreende a visita a uma ambulância para conhecer os equipamentos usados na prestação de socorro.
Diário Popular
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