Por: Osiris Reis
osiris@diariopopular.com.br
Talvez um dos últimos desafios que a administração de Pelotas terá de resolver será encontrar o local adequado para a realização do próximo Carnaval.
A alternativa oferecida pela Associação das Entidades Carnavalescas de Pelotas (Assecap) - de realizar a Doce Folia na região portuária - parece dar um novo rumo ao debate. Por outro lado, caso a proposta não seja aceita pelo prefeito Fetter Júnior (PP), as chances são grandes de a festa popular ser realizada na região localizada nos fundos do Centro de Eventos Fenadoce.
Projeto
A proposta apresentada à Secretaria de Cultura é de que o município proponha uma nova concepção de carnaval realizado em frente aos armazéns do Porto. O projeto prevê a construção de uma passarela de 340 metros, além de quiosques, e espaços para a apresentação de bandinhas, rodas de samba e para a presença de baleiros e engraxates.
No entanto, o orçamento deve superar os R$ 2 milhões assegurados pela prefeitura, o que cria a necessidade da captação de recursos junto à iniciativa privada. “Pedi um levantamento de custos dos últimos carnavais e um orçamento detalhado da projeto da Assecap. A proposta é ambiciosa, mas fica prejudicada em função do curto tempo disponível para a captação de recursos”, explicou o prefeito. Além disso, é necessário que o Governo do Estado esteja de acordo com o que pode ser realizado, já que parte do local é de responsabilidade do Porto de Pelotas.
Polêmicas voltam à discussão
Caso seja realizado nos fundos do Centro de Eventos Fenadoce, diversas polêmicas voltam à discussão: no último ano, a Advocacia Geral da União (AGU) ajuizou uma ação civil pública para impedir a realização da festa, pois avaliou que não existia segurança suficiente para o deslocamento dos foliões pelas margens das rodovias. Este ano, moradores das proximidades do Distrito Industrial preocupam-se com a possibilidade de explosões, em função da existência de um depósito de gás localizado a poucos metros do local onde o evento poderá ser realizado.
O chefe do Núcleo de Fiscalização e Planejamento da 7ª Delegacia de Polícia Rodoviária Federal (PRF), Fabiano Goia, acredita que a localização do depósito nas proximidades do Centro de Eventos pode gerar problemas. “Fogos de artifício, bebida liberada, tudo pode causar riscos. Esse local não disponibiliza a segurança adequada para a realização do evento. É preciso pensar uma alternativa que tenha uma infraestrutura suficiente”, disse. Outro agravante seria o transtorno causado pela duplicação da BR-116 na região, com a presença de máquinas e movimento excessivo de caminhões.
Não perca a hora : pelotasdeportasabertas@hotmail.com