As explosões na linha de chegada da Maratona de Boston já refletem na cidade-sede da próxima Olimpíada.
Um dia depois do atentado durante a prova na cidade norte-americana, os organizadores da Maratona do Rio dizem que vão aumentar a segurança da corrida a ser realizada em 7 de julho próximo.
"Certamente vamos aumentar bastante a fiscalização da área dos atletas. Vamos aumentar efetivo e buscar possíveis falhas na segurança. O alerta dos seguranças vai aumentar. Qualquer mochila esquecida em algum lugar vai precisar ser verificada", afirma Carlos Sampaio, da Spiridon, uma das empresas organizadoras da Maratona do Rio e da Corrida da Ponte.
Sampaio espera 22 mil corredores e um público de mais de 50 pessoas espalhadas no percurso de 42.195 metros, com largada no Recreio e chegada no Aterro do Flamengo, zona sul carioca.
"O que aconteceu em Boston foi algo inusitado. Imaginamos que seja um fato bem isolado, direcionado, mas, independemente de quem foi, vamos fazer uma reunião com comitê de segurança da maratona, que conta com segurança particular e pública, bombeiros e brigadistas, para discutir o evento", disse o organizador.
A reunião de segurança deve acontecer semanas antes da maratona, mas, antes, os mesmo organizadores pretendem testar um esquema mais severo na Corrida de Ponte, entre Niterói e Rio, a ser realizada em 19 de maio, para oito mil atletas.
"Vamos rever e aumentar nossa segurança particular também [cerca de 200 seguranças] e vamos intensificar a situação de alerta".
Em Boston, duas bombas explodiram de maneira coordenada, perto da linha de chegada da maratona, e deixaram três mortos e 176 feridos.
Os organizadores dos três grandes eventos esportivos que o Brasil receberá nos próximos anos informaram que as explosões em Boston não alteraram o nível de alerta.
Segundo o comitê organizador da Copa das Confederações, em junho, e da Copa do Mundo de 2014, a atenção com a segurança já era "total".
Em nota, o Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos lamentou os ataques nos EUA: "O Rio 2016 oferece seus profundos sentimentos e condolências a todos os afetados por este incidente trágico. Segurança é sempre prioridade máxima para os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos, e estamos trabalhando estreitamente com os nossos parceiros governamentais para entregar Jogos seguros em 2016".
De acordo com a organização da Olimpíada, "não há nada mais central para o projeto dos Jogos do que a segurança" e "a intensidade de atenção já é máxima".
A diretoria de Segurança de Rio-2016 é comandada pelo delegado federal Luiz Fernando Corrêa, ex-secretário nacional de Segurança Pública.
Na semana passada, o secretário de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, a chefe da Polícia Civil, Martha Rocha, e o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Erir Ribeiro Costa Filho, reuniram-se com a Corrêa para discutir o plano para os Jogos.
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