O pré-sal, sem dúvidas, é a grande aposta do governo federal. Os números da exploração do Campo de Libra, parte da reserva brasileira de petróleo, apontam para uma guinada forte na economia do país. Com leilão do Campo de Libra programado para esta segunda-feira (21), a exploração do campo promete render R$ 270 bilhões aos cofres públicos, revertidos para a educação e a saúde. Em longo prazo, nos seus 35 anos de exploração previstos, o valor pode saltar para R$ 370 bilhões arrecadados pela União.
Com a dependência econômica mundial em relação ao petróleo, os impactos na economia a partir da exploração petrolífera são inúmeros: geração de investimentos estrangeiros e nacionais, aquecimento e desenvolvimento da indústria, além do papel de destaque do País no cenário econômico e político global. O chefe do Departamento de Economia da Universidade Federal Fluminense, Luciano Losekann explica as vantagens dos investimentos no Campo de Libra e em todo o pré-sal.
“Primeiramente, é o retorno que surge a partir dos investimentos para explorar e desenvolver esse Campo de Libra, que é um campo gigantesco, com reservas estimadas de oito a doze bilhões de barris. Isso envolve investimentos de até US$ 200 bilhões. O pré-sal como um todo soma US$ 700 bilhões de investimentos previstos a partir do seu desenvolvimento”.
Greve dos petroleiros
Contudo, trabalhadores do ramo do petróleo parecem caminhar na direção contrária de todo este avanço e benefícios que o país terá com a exploração do pré-sal. Funcionários da Petrobras e suas subsidiárias estão paralisados por tempo indeterminado. Segundo a Federação Única dos Petroleiros (FUP), a paralisação não foi desencadeada por questões salariais, mas por temas como segurança, meio ambiente, saúde e soberania nacional. Apesar do discurso, pedem reajuste salarial de 16,53%. A Petrobras oferece aumento de 6,09% (IPCA) no salário-base, além de 7,68% na Remuneração Mínima por Nível e Regime (RMNR), e um abono equivalente a uma remuneração ou R$ 4 mil, o que for maior.