O ex-piloto alemão Michael Schumacher permanece em coma, lutando pela vida, segundo informações divulgadas nesta segunda-feira pelo Hospital da Universidade de Grenoble (CHU), na França. Em entrevista coletiva, os médicos que atendem Schumacher disseram que "é cedo para qualquer diagnóstico e que as próximas horas serão cruciais para o paciente". Os especialistas aguardam para ver como o ex-piloto reage à neurocirurgia a que foi submetido. Não há previsão de alta.
Segundo a junta médica, a baixa temperatura registrada na estação de esqui de Meribel, no sudoeste da França, onde Schumacher sofreu o acidente, evitou que seu quadro clínico fosse ainda pior. "O fato de a temperatura estar abaixo de zero evitou que o edema cerebral do paciente evoluísse", disseram.
O capacete também foi fator decisivo para que ele sobrevivesse. "O capacete não ofereceu uma proteção total, mas realmente ajudou. Sem ele, Schumacher não estaria aqui agora", afirmou Jean-Francois Payen, porta-voz do hospital.
O maior campeão da história da Fórmula 1 bateu a cabeça contra uma pedra após uma queda enquanto esquiava com a família em Meribel, a cerca de 600 quilômetros de Paris. Ele foi atendido por dois funcionários do resort e encaminhado ao Centro Hospitalar de Moûtiers. Logo depois, foi transferido para o hospital de Grenoble, onde há um centro especializado em traumas.
Schumacher está sob os cuidados do médico Gérard Saillant, seu amigo pessoal. De acordo com a BBC, Saillant é especialista em traumas do cérebro e da espinha e já prestou socorro a Schumacher em outras ocasiões, como durante um acidente no GP de Londres, em 1999.