Sanep tem incremento de 5,8% na receita
Mesmo com o resultado positivo, recursos continuam insuficientes para investimentos
Autarquia é responsável por tratar e fornecer água a todo o município - Jô Folha - Infocenter DP
Incremento de 5,8% na receita do Sanep, projetada em R$ 82 milhões, respalda a manutenção de serviços básicos e o pagamento de contas da autarquia este ano, mas não é suficiente para a realização de investimentos. A situação pode não ser mais aquela de insolvência anunciada em novembro do ano passado pelo diretor-presidente Jacques Reydams, mas ele reafirma a dificuldade em executar obras de melhorias no atendimento à população. Precisa de mais R$ 5 milhões, que vai correr atrás com a cobrança da dívida ativa, estimada em cerca de R$ 78 milhões.
No ano passado o Sanep conseguiu reaver R$ 9 milhões da dívida ativa, o que deu fôlego à autarquia. Por isso mesmo o foco será mantido na cobrança. Em 1º de janeiro de 2013 a autarquia estava R$ 3,2 milhões negativos. Um ano depois inicia as atividades com R$ 3 milhões positivos. “Fizemos o dever de casa e conseguimos um sucesso financeiro. Estamos mais tranquilos”, comenta Reydams.
A obtenção de recursos com a cobrança da dívida ativa tem um objetivo principal: melhorar o abastecimento de água em Pelotas. A compra de grupos geradores faz parte dos planos, pois os equipamentos vão permitir ao sistema abastecer normalmente mesmo quando faltar energia elétrica.
Também há intenção de reduzir mais despesas para aumentar a receita. Em 2013 foi possível diminuir 2%. Só com a coleta do lixo os gastos anuais vão a R$ 25 milhões, diz. A legalização de 156 áreas irregulares é outra medida, pois só assim será possível cobrar pelas ligações indevidas de água nesses locais.
Apesar da melhora na situação, o prefeito Eduardo Leite (PSDB), segundo sua assessoria, não abandonou a ideia de realizar uma auditoria no Sanep. Só não tem data prevista ainda para iniciar esse trabalho. No ano passado, quando falou sobre as dificuldades financeiras da autarquia, o diretor-presidente afirmou que os serviços poderiam ser inviabilizados em dois anos caso o cenário não fosse revertido. Uma das saídas apresentadas por ele foi a cobrança da taxa de lixo, rejeitada pelo prefeito.
Com informações do Diário Popular - Tânia Cabistany