Estruturas temporárias: Assembleia barra antecipação do projeto e Tarso teme perder a Copa
A assembleia legislativa do Rio Grande do Sul barrou a antecipação da votação do projeto de lei, enviado pelo governo garantindo as isenções fiscais às empresas que custearam as estruturas temporárias da Copa do Mundo em Porto Alegre. A FIFA exige este tipo de construção dessas estruturas de apoio durante os jogos. Após receber a noticia da não antecipação, o Governador Tarso Genro declarou novamente que o estado corre o risco de perder a copa:
"O risco é perdemos a Copa, acendemos o sinal amarelo. Nós respeitamos a decisão do Ministério Público (MP) e agora esperamos pela votação na Assembleia. Se eles votarem, nós faremos. Se não aprovarem, não faremos. E sem estas estruturas, eu tenho convicção de que provavelmente a Fifa vai dizer que a cidade não está apta para sediar os jogos da Copa do Mundo", declarou.
Nesta semana o Ministério Público disse que o Inter e FIFA devem bancar as estruturas. Não pode ser utilizado dinheiro público no evento privado. O custo das estruturas chegam a 30 milhões.
Para o procurador Nílson de Oliveira Rodrigues Filho, "o eventual uso de recursos públicos para este fim só será admitido como mecanismo para que Porto Alegre não perca o evento. Porém, isso não isenta o Inter e a Fifa das suas obrigações contratuais de financiar essas estruturas, indenizando o Poder Público. Apenas no caso daqueles bens que possam se tornar legado para o Estado ou Município é que a indenização deverá ser como uma forma de ‘aluguel’”, esclarece o procurador Nelson de Oliveira.