Prejuízo após depredação ao Tesourinha pode chegar a R$ 70 mil
- Ginásio foi alvo de manifestantes que participavam de audiência pública sobre o transporte coletivo
- Polícia Civil identifica envolvidos em quebra-quebra do Ginásio Tesourinha
- Delegado que investiga tumulto recebeu imagens captadas durante audiência pública
A Prefeitura de Porto Alegre entregou nesta terça-feira um dossiê com imagens captadas durante a audiência sobre o transporte público que ocorreu na noite dessa segunda-feira no Ginásio Tesourinha. Ocorrências policiais de apreensões de artefatos e dano ao patrimônio público também foram entregues ao delegado Paulo César Jardim, titular da 1ª Delegacia de Polícia, que investiga o caso. O inquérito policial já foi instaurado.
Nos primeiros 30 minutos da audiência, manifestantes começaram a jogar pedras arrancadas das próprias parede do ginásio contra as autoridades que estavam no centro da quadra.
Jardim já identificou manifestantes envolvidos na confusão. “Nas primeiras imagens já identificamos suspeitos que jogaram materiais e bombas na quadra. Estes serão intimados para depor nos próximos dias”, ressaltou.
A Polícia vai realizar diligências a locais não revelados a partir desta quarta-feira. Intimações também serão encaminhadas para suspeitos. O inquérito será caracterizado como crime de ação pública, o que implica risco à vida das pessoas que estavam no ginásio e danos ao patrimônio público. “Não estou investigando uma entidade política, mas pessoas que cometeram crimes”, explicou o delegado.
A Prefeitura sugeriu que o Bloco de Luta pelo Transporte Público é responsável pelos prejuízos. Na página do Facebook do grupo, desde o final de semana, há relatos de que a audiência não deveria acontecer. Já os manifestantes disseram que o processo não foi democrático durante a consulta popular.
RELATÓRIO SOBRE PREJUÍZOS SERÁ ENTREGUE À SECRETARIA DE ESPORTE E LAZER
Um relatório sobre os prejuízos causados no Ginásio Tesourinha no início da realização da audiência pública sobre a licitação do transporte público de Porto Alegre será entregue à Secretaria do Esporte e Lazer. Conforme o gerente do Tesourinha, Antônio Fontoura, previsão é de que os gastos para recuperar pisos e redes fique entre R$ 50 mil a R$ 70 mil.
Como esses custos não estão previstos em orçamento municipal, deverão ser computados gastos como contratação emergencial de serviços. O ginásio não cobra da comunidade a participação em aulas de esporte, dança e atendimentos na clínica de fisioterapia. Apesar de a quadra ter ficado parcialmente interditada, as atividades não foram canceladas. “Precisamos colocar rede novas, lixar o piso e pintar novamente, além de trocar os gradis danificados. Essas são as prioridades”, destaca.
Com informações do Correio do Povo