Sem encontrar objetos identificados por satélite, buscas por avião são encerradas pelo dia na Austrália
Quatro aeronaves realizaram buscas por cerca de 23 mil quilômetros quadrados nesta quinta-feira
Equipes suspendem varredura de região em que imagens de satélite apontaram dois objetos que podem ser do avião desaparecido
Quatro aeronaves realizaram buscas por cerca de 23 mil quilômetros quadrados nesta quinta-feira
Equipes suspendem varredura de região em que imagens de satélite apontaram dois objetos que podem ser do avião desaparecido
As equipes de resgate interromperam as buscas na região do Oceano Índico onde possíveis destroços do avião desaparecido da Malaysia Airlines foram fotografados por satélites da Austrália. Autoridades afirmam que as condições climáticas estão ruins tanto para os navios quanto para as patrulhas aéreas. De acordo com o jornal The Guardian, o capitão de uma das aeronaves que fazia uma varredura na área relatou que grandes ondas e fortes ventos dificultavam a operação. Ele acrescentou que não avistou nenhum sinal de objetos no mar.
“Este é um problema de logística. Existe muito lixo espalhado pelos oceanos. É um caminho muito longo”, disse o ministro da Defesa da Austrália, David Johnston. A única embarcação a prosseguir com as buscas na madrugada será o Hoegh St Petersburg, um cargueiro de bandeira norueguesa que foi acionado pelo governo australiano e alcançou a região antes das demais patrulhas envolvidas na operação. A varredura será feita com velocidade reduzida e todas as luzes do navio acesas.
Embora as autoridades tenham reconhecido que as imagens de satélite podem dar uma pista sobre o paradeiro do avião, especialistas reduzem as expectativas ao alertar que as peças podem ser vestígios sem conexões com o Boeing 777-200 ou até mesmo um contêiner derrubado por algum cargueiro que navegava pela região.
As buscas devem ser retomadas normalmente nas primeiras horas da manhã desta sexta-feira. Não serão todos os países, no entanto, que deslocarão equipes para o local. A agência France-Presse comunicou que a China não seguirá as pistas devido à “falta de provas que possam ligar os destroços com a aeronave desaparecida”. As autoridades ressaltaram que a embarcação chinesa mais próxima desta área está a dois dias de distância. Uma imagem obtida pelos satélites do país chegou a apontar a possível localização de destroços, mas a informação foi desmentida posteriormente pela Malásia.
“Tortura” – Sem dados conclusivos sobre o desaparecimento do avião, familiares dos mais de 200 passageiros que estavam a bordo do Boeing voltaram a criticar as autoridades envolvidas no resgate. “Vocês estão nos enganando. Vocês estão torturando os parentes”, disse um homem que estava na sala reservada pela Malaysia Airlines para atualizar informações referentes ao caso. “Estou cansado de ouvir novas informações que serão desmentidas depois”, declarou outro homem. “Nós estamos esperando, só esperando, e não podemos reagir às notícias até elas serem definitivamente confirmadas”, acrescentou um parente de um passageiro chinês.
Piloto – Colegas do piloto Zaharie Ahmad Shah negaram ao jornal The New York Times que ele pudesse ter utilizado o simulador de voo que tinha em casa para planejar o sequestro da aeronave. Segundo eles, Shah publicava com certa frequência vídeos e fotos suas utilizando o programa de computador. No Facebook, Shah também postou mensagens contrárias ao terrorismo e prestando condolências aos familiares das vítimas do atentado à maratona de Boston.