Sinal apontou que avião voava na direção sudoeste.
Não é possível confirmar que era o voo MH370, disseram autoridades.
A Tailândia detectou um "avião não identificado" que mudou várias vezes de direção, ao examinar as informações dos radares correspondentes ao momento do desaparecimento do voo MH370, anunciou o porta-voz da Aeronáutica do país. A aeronave da Malaysia Airlines com 239 pessoas a bordo está desaparecida desde 8 de março.
A pedido das autoridades da Malásia, a Tailândia verificou na segunda-feira (17) as informações enviadas pelos radares da região sul do país, disse o porta-voz militar Monthon Suchookorn.
Os radares mostraram que no sábado do dia 8 de março, "à 0h28, seis minutos depois do desaparecimento do voo MH370, um avião não identificado voava na direção sudoeste", sentido oposto à trajetória prevista pelo Boeing 777 entre Kuala Lumpur e Pequim, declarou a fonte à agência de notícias AFP.
O horário corresponde à última transmissão do transponder do voo MH370 (à 1h21, pelo horário da Malásia, e à 0h21, pelo horário da Tailândia), em alguma parte entre a costa leste da Malásia e o sul do Vietnã.
"A aeronave seguiu para mais longe, ao sul, até Kuala Lumpur e o estreito de Malaca, antes de seguir para o norte, para o mar de Andamão, ao oeste da península malaia", completou Suchookorn.
O sinal, que não era nítido e intermitente, desapareceu então, segundo o porta-voz, que repassou a informação às autoridades de Kuala Lumpur.
"Não é possível confirmar que o avião era o do voo MH370", insistiu Suchookorn.
"A aeronave não estava no espaço aéreo tailandês nem era uma ameaça para a Tailândia", completou.
O avião decolou de Kuala Lumpur no dia 8 de março à 0h41 (tarde de sexta-feira pelo horário de Brasília) com 239 pessoas a bordo, entre passageiros e tripulantes, e tinha Pequim como destino, mas desapareceu das telas dos radares 40 minutos depois de partir.
A investigação entra no 12° dia sem qualquer indício dos destroços do Boeing 777 e com poucos elementos conhecidos, muitos deles contraditórios, o que transforma esse desaparecimento em um dos grandes mistérios da aviação moderna.
Ao mesmo tempo, a polícia das Maldivas anunciou que examina os depoimentos, divulgados pelo de notícias local Haveeru, feitos por pessoas que afirmam ter visto um "grande avião voando a baixa altitude" no dia do desaparecimento do voo MH370 da Malaysia Airlines.
O portal afirma que alguns moradores viram um grande avião sobrevoando a remota ilha de Kuva Huvadhoo, que faz parte das Maldivas, no dia 8 de março.
As testemunhas afirmam que viram uma aeronave branca com faixa vermelhas que seguia para o extremo sul do arquipélago.
"Nunca tinha visto um 'jato' sobrevoar tão baixo sobre a nossa ilha. Já vimos hidroaviões, mas tenho certeza de que esse não era um deles. Pude, inclusive, ver as portas do avião com clareza", declarou uma testemunha não identificada pelo site Haveeru.
Buscas
Segundo os últimos dados de satélite recolhidos, o avião da Malaysia Airlines pode ter voado rumo ao norte, em uma área compreendida entre o Laos e o Mar Cáspio, ou para o sul, entre a ilha de Sumatra, na Indonésia, e o sul do Oceano Índico.
Mais de 40 aeronaves (inclusive mais de 12 aviões Orion P-3 e Hércules C-130) e 34 embarcações participam das tarefas de rastreamento do Boeing 777.
Os países que colaboram nos trabalhos de buscas são: Malásia, China, Estados Unidos, França, Japão, Reino Unido, Rússia, Austrália, Nova Zelândia, Coreia do Sul, Tailândia, Bangladesh, Mianmar, Brunei, Emirados Árabes Unidos, Filipinas, Índia, Indonésia, Cazaquistão, Quirguistão, Laos, Paquistão, Cingapura, Turcomenistão, Uzbequistão e Vietnã.