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terça-feira, 15 de maio de 2012

Manuela D'Avila próxima de Ana Amélia Lemos


Em mais um capítulo da acirrada disputa travada entre José Fortunati (PDT) e Manuela D'ávila (PCdoB) pelo apoio do Partido Progressista (PP) na disputa pela prefeitura de Porto Alegre, o prefeito da capital esteve reunido na manhã de segunda feira (14) com a executiva municipal da legenda. De acordo com o presidente do Diretório Municipal do PP em Porto Alegre, vereador Kevin Kieger, se a decisão fosse hoje, Fortunati estaria em vantagem.

Prefeito da capital esteve reunido com a executiva municipal da legenda.
No encontro, o prefeito reforçou a importância e os espaços ocupados pela sigla na atual administração. Krieger destacou o anúncio do pedetista de que, se confirmada a coligação já no primeiro turno das eleições, o PP teria a mesma "força" que tem hoje PMDB, PDT e PTB - principais partidos que integram a base aliada do prefeito - na composição do futuro governo.

Ainda de acordo com o presidente do diretório municipal, a disputa entre a bancada estadual e federal, favorável à Manuela, e a bancada de vereadores, que preferem Fortunati, será acirradíssima. Nesse sentido, Krieger afirmou que a executiva municipal pedirá um documento oficial sobre o posicionamento da bancada estadual e federal acerca do assunto, uma vez que até o momento as informações são oriundas da imprensa.

A senadora Ana Amélia Lemos, por sua vez, apoia a coligação com Manuela. Ana Amélia insiste que o partido deve buscar um maior protagonismo na região metropolitana, uma vez que apesar da grandeza do PP, a legenda está restrita ao interior do Estado, o que faz com que seja vista como rural e conservadora. A senadora classificou como "oportunidade de ouro" a possibilidade de conquistar a vice-prefeitura de Porto Alegre, situação que seria possível com a coligação junto ao PCdoB.

"O objetivo dessa aliança está sendo apoiada por grande parte dos prefeitos do interior e tem ampliado aproximações em várias cidades do Estado. Estou buscando tornar o PP maior, romper barreiras" , afirmou Ana Amélia.

Correio do Povo

Ana Amélia e Manuela D’Ávila: aliança entre inimigos naturais?

Postado por Juremir Machado da Silva em 17 de abril de 2012 - Correio do Povo -  Política


Ana Amélia Lemos e Manuela D’Ávila são mulheres inteligentes, modernas e avançadas.

Estão à frente de seus partidos.

Duplamente.

Lideram os seus partidos e andam cinco ou seis passos à frente do imaginário e da ideologia deles.

Ana Amélia decidiu apoiar Manuela para a prefeitura de Porto Alegre.

A base do PP, partido de ruralistas, apoio do regime militar de 1964, odeia o PCdoB.

E está contra a aliança.

Alguém imagina um ruralista votando em Manuela?

A base do PCdoB, embora minúscula, odeia o PP.

O PP, como Arena, comandou o massacre dos guerrilheiros do PCdoB no Araguaia.

Coisas do passado?

PP e PCdoB são partidos de extremos, partidos ideológicos.

O PCdoB tem boa parte da sua clientela entre jovens estudantes na primeira fase da atração ideológica pelo extremo.

O PP tem boa parte da sua clientela entre idosos na última fase da atração ideológica pelo extremo.

São inimigos naturais.

Estão falando em aliança programática.

Outra maneira de falar de aliança pragmática.

A reciprocidade é impossível.

Em 2014, quando Ana Amélia for candidata ao governo do RS, os militantes do PCdoB fugirão dela.

Ficarão com o PT.

Ana Amélia, que está sendo uma ótima senadora, poderá ter uma decepção: descobrir-se incapaz de transferir votos.

Os pepistas não a seguirão no apoio a Manuela.

O PP, para os militantes do PCdoB, é o partido da ditadura, dos torturadores, dos usurpadores do poder.

O PCdoB, para o PP puro e duro, é o partido dos guerrilheiros, dos terroristas, dos comunistas.

Ana Amélia e Manuela poderiam e deveriam estar em outro partido: um partido de centro.

Quem sabe o PMDB, se não fosse tão pouco ideológico, ou o PSB, se não fosse tão nude.

Manuela, noutro partido, perderia o charme da ideologia de contestação.

Ana Amélia, noutro partido, perderia o charme da ideologia de afirmação.

Estão reféns das estruturas arcaicas dos seus partidos, das quais dependem e às quais dão o sangue.

O PCdoB fala em ideologia a cada três frases.

O PP critica as ideologias, o que é uma forma de ideologia, a cada três frases.

Como juntá-los?

A ideologia não vale em nível municipal?

Só há ideologia do nível estadual para cima?

O gênero, mulheres na política, está acima da ideologia, política nas mulheres?

Os pepistas estão soltando fogo pelas ventas contra essa aliança antinatural.

Os militantes do PCdoB, por ser em benefício deles, estão levando na boa.

E se fosse o contrário?

Manuela apoiaria Ana Amélia para a prefeitura de Porto Alegre?

É verdade que, como relator do projeto de novo código florestal, Aldo Rebelo, do PCdoB, aderiu aos ruralistas.

Extremos podem atrair-se.

O PCdoB só é interessante se não puder realizar plenamente o seu ideário.

Se a ideologia do PCdoB emplacasse no Brasil iríamos ao comunismo.

Qual? Da Coreia do Norte? Da China? Um novo comunismo?

O PP só é interessante se não puder realizar plenamente o seu ideário.

Se a ideologia do PP emplacasse novamente no Brasil iríamos ao passado.

Ana Amélia e Manuela podem muito mais.

São muito mais.

Podem ser entendidas de outra maneira.

Prática: o PCdoB é da Manuela. O PP tem em Ana Amélia sua estrela.

Idealista: o comunismo da Manuela é só um ideal de justiça e igualdade. O conservadorismo da Ana Amélia é só um ideal de cautela e respeito aos produtores rurais e aos liberais pautados por uma visão de mundo de ordem e segurança.

Tudo aproxima Ana Amélia e Manuela.

Salvos os seus partidos.


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