Câmara discute realização do Carnaval no Porto
Faltando menos de 45 dias para a festa, assunto continua gerando polêmica
Por: Daiane Santos do Diário Popular
A Câmara de Vereadores realizou audiência pública sobre o carnaval de Pelotas. A reunião, proposta pelos vereadores Marcos Ferreira (PT), Ademar Ornel (DEM), Ricardo Santos (PDT) e Antônio Peres (PSB), contou com a participação de moradores do Porto - onde a festa deve acontecer em menos de 45 dias -, de carnavalescos pelotenses e do superintendente de Manifestações Populares da Secretaria Municipal de Cultura (Secult), Francisco Rangel. No fim da audiência, os parlamentares decidiram encaminhar à prefeitura pedido oficial de informações, além de solicitar ao Ministério Público (MP) pronuciamento sobre possíveis irregularidades envolvendo o evento.
Foto divulgação |
De acordo com o vereador Ademar Ornel (DEM), as questões levantadas pelos parlamentares, como quem vai realizar o Carnaval, quanto a festa vai custar aos cofres públicos, o valor que será pago a empresa Viger, envolvida nos preparativos, e se já houve ou haverá licitação de empresas, não foram esclarecidas pelo representante do Executivo. Na ocasião, Rangel afirmou não ter informações suficientes para responder a todas as dúvidas da comunidade, destacando apenas que a folia não vai atrapalhar quem mora no bairro. Além disso, assegurou a substituição das lâmpadas existentes no bairro por outras de 400 watts, “para iluminar bem toda a área”, e o aumento do efetivo da Brigada Militar.
MP está de olho
Até ontem o Ministério Público não havia recebido nenhum documento oficial da Câmara de Vereadores relacionado ao Carnaval de Pelotas. Mesmo assim, o promotor Paulo Charqueiro está acompanhando o caso e vem respondendo às solicitações da comunidade, tendo, inclusive, encaminhado recentemente ofício à prefeitura pedindo esclarecimentos.
Zona Portuária
Uma das maiores preocupações de quem mora e trabalha da região do Porto diz respeito à segurança do local. Durante o debate, o chefe de Divisão do Porto de Pelotas, Darci Cunha, afirmou que a estrutura portuária existente não está totalmente inoperante. Hoje, 55 famílias dependem do Porto e são responsáveis pela manutenção da estrutura patrimonial e pelos armazéns da Receita Federal, onde ficam mercadorias apreendidas. Atualmente, 11 guardas cuidam da segurança no local, número considerado insuficiente para evitar problemas. Conforme o assessor especial do programa Cidade Bem Cuidada, Paulo Morales, a prefeitura já iniciou o processo licitatório das arquibancadas, iluminação pública, segurança e demais aspectos envolvidos na organização do evento. Ele destacou ainda que todas as medidas para garantir a segurança da população serão tomadas.