Presidente da Petrobras quer reajustar preços dos combustíveis este ano
Graça Foster disse ainda que a produção da empresa vai crescer 7,5%
Em conferência com analistas de mercado e investidores, a presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, disse nesta segunda-feira (12) que será mantida a luta para reajustar os preços dos combustíveis ainda este ano, para reduzir a defasagem em relação ao mercado internacional. "A orientação é não repassar a volatilidade para o mercado. O real ficou menos depreciado no trimestre e isso nos trouxe para mais perto da convergência de preços. Mas, enquanto não há paridade plena, nós temos que considerar um aumento de preços", ressaltou.
Graça Foster(foto) detalhou o resultado divulgado na sexta-feira pela estatal, que apontou um lucro líquido de R$ 5,4 bilhões, no primeiro trimestre do ano. O resultado é 14% inferior ao último trimestre do ano passado. Ela garantiu que a produção de petróleo terá crescimento de 7,5%. O primeiro trimestre, conforme relatório da companhia, atingiu 2,01 milhões de barris.
Na avaliação da presidente da Petrobras, a estatal teria fechado o 1º trimestre deste ano com lucro líquido de cerca de R$ 7 bilhões, caso não tivesse sofrido os impactos do provisionamento de R$ 2,4 bilhões, feito para cobrir os custos que a empresa teve com o Plano de Incentivo à Demissão Voluntaria (PIDV), e de R$ 3,2 bilhões, feito no 4º trimestre do ano passado para pagamento de juros sobre capital próprio. Caso alcançado, o resultado estaria em linha com o do último trimestre do ano passado.
Sobre as recentes denúncias de irregularidades em aquisições e contratações feitas pela companhia, Graça Foster disse que a empresa tem cinco investigações em curso, no âmbito interno, para apurar e elucidar as acusações. “Estão em funcionamento comissões para apurar denúncias de irregularidades em contratos com a Astromarítima Navegação, com as refinarias do Comperj e a Abreu Lima e com a compra de Passadena”.
Graça Foster disse que a Petrobras não comprovou indícios de pagamento de suborno das denúncias envolvendo a holandesa SBM. Sobre a refinaria de Pasadena, na cidade texana de Houston, Graça disse que a empresa deve concluir a investigação interna em um curto espaço de tempo.