Justiça nega liminar da defesa e mantém Ray Whelan preso
A desembargadora Rosita Maria de Oliveira Neto, da 6ª Câmara Criminal, negou a liminar impetrada pela defesa e manteve a prisão do executivo da Match, Raymond Whelan. Acusado de liderar a máfia dos ingressos, Whelan está preso no Complexo de Bangu, na Zona Oeste do Rio. Ele se apresentou à Justiça na última segunda-feira.
Raymond Whelan |
E a Polícia Civil do Rio vai indiciar Fernando Fernandes, advogado de Raymond Whelan, por favorecimento pessoal. Segundo a polícia, o advogado ajudou o executivo a fugir do Hotel Copacabana Palace, na quinta-feira (10), quando os agentes tentaram cumprir um mandado de prisão preventiva contra o inglês. O delegado titular da 18ª DP (Praça da Bandeira), Fábio Barucke, disse que o advogado Fernando Fernandes não deverá comparecer à delegacia nesta quarta-feira, conforme marcado anteriormente. De acordo com o delegado, o inquérito será encaminhado à Justiça sem o depoimento do advogado.
Na terça-feira (15/7), a Polícia ouviu funcionários do hotel Copacabana Palace, onde a delegação da Fifa ficou hospedada para a Copa no Brasil, no inquérito que investiga a fuga de Raymond Whelan, após a decretação da sua prisão pela Justiça. Whelan estava hospedado no Palace e saiu por uma porta lateral, usada apenas por funcionários, um hora antes dos policiais chegarem, na última quinta-feira (10).
A Polícia Civil do Rio de Janeiro já deu partida na segunda fase de investigações sobre o envolvimento de Raymond Whelan com o esquema da Máfia dos ingressos. Whelan, acusado de chefiar uma quadrilha internacional de cambistas, se entregou na última segunda-feira (14) à Justiça e está em uma cela individual no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, Zona Oeste do Rio.