Marina Marandini, 22, mora em Rio Grande, e Gabriel Nogueira, 24, vive em Pelotas |
diego.queijo@diariopopular.com.br
Ser aprovado em uma faculdade pública é o sonho comum de muitos jovens que buscam um futuro profissional pleno de conhecimento. A história dos universitários Marina e Gabriel tem encantado a todos. Duas histórias - como tantas outras - de superação, amor e vitória na busca pela conquista de uma vaga em uma instituição pública.
Marina Marandini, 22, mora em Rio Grande, e Gabriel Nogueira, 24, vive em Pelotas. A distância de aproximadamente 62 quilômetros foi rompida na manhã da última quinta-feira (15), quando - para entender melhor essa história de sucesso - o Diário Popular promoveu o encontro dos dois jovens: Gabriel e Marina, os mais novos universitários do país portadores da síndrome de Down.
Os dois estão na segunda semana de aula e, segundo eles, já andam bastante enturmados. Gabriel não se intimida com as palavras. A desenvoltura de Gabriel explica a vontade de entrar no curso de Teatro da Universidade Federal de Pelotas. Ele foi um dos selecionados pelo Programa de Avaliação da Vida Escolar (Pave), que analisa o currículo escolar dos alunos.
Marina é quieta e muito observadora. O cuidado com a organização dos textos dados em aula, expostos no caderno cor de rosa que ela mostra a Gabriel, indica que a menina gosta mesmo das cores e dos desenhos.
Ela foi aprovada na Faculdade de Educação Artística da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e conseguiu a transferência para o curso de Artes Visuais da Universidade Federal do Rio Grande (Furg).
A alegria dos dois é evidente, mas nenhum deles pensa em parar por aqui. Gabriel quer ir longe. Depois de uma participação no longa-metragem City Down, ele pretende participar de outros filmes. Marina quer ser também professora de dança. Ao ser questionada sobre a possibilidade de um dia ensinar crianças com Down, ela se mostra empolgada.
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