Secretaria da Saúde avalia situação da gripe A como “esperada”
Doença matou 13 pessoas no Rio Grande do Sul até agora
A confirmação de 13 mortes causadas por gripe A no Rio Grande do Sul neste ano reacendeu a preocupação sobre o alcance que o vírus pode chegar nos próximos meses. Até o mês de julho do ano passado, havia oito óbitos constatados, conforme dados da Secretaria Estadual da Saúde. O número de internações também subiu do último ano pra cá. Se no mesmo período de 2011 havia 53 pacientes hospitalizados com sintomas da doença, neste ano o índice saltou para 83.
A Secretaria da Saúde avalia a situação como “esperada” e apesar do aumento de mortes e casos, não há motivo para alarme. “Esse número é muito dinâmico e pode mudar, conforme aumentam as internações e diagnósticos. Temos até agora 83 casos confirmados de pessoas que estiveram ou estão internadas com sintomas da doença. Mas esse número pode ser maior e a gente não tem conhecimento” afirma a chefe da divisão de Vigilância Epidemiológica do órgão, Marilina Bercini. “Essas variações acontecem, mas não é nada que indique que está fora do controle. Depois de 2009, quando houve a pandemia, já era esperado que o vírus continuasse circulando aqui no Estado. Ou seja, isso já era previsto”, completa.
A diferença é que, no ano passado, a campanha contra a gripe contou com mais doses da vacina. Neste ano, a aquisição do Ministério da Saúde foi menor, o que reduziu a distribuição. “Isso diminuiu a abrangência da vacina em 2012”, explicou Marilina Bercini. “Mesmo assim a gente atingiu a meta de imunizar 80% do grupo prioritário”, diz ela. O público-alvo inclui idosos, gestantes, crianças de seis meses a dois anos, indígenas e profissionais da saúde. Porém, a procura pela vacina tem aumentado significativamente nos últimos dias. “O que a gente observa é que enquanto não aconteciam mortes por gripe A, as pessoas não procuravam os postos de saúde, mesmo quando a campanha estava em andamento”, ponderou.
O objetivo da Secretaria de Saúde é investir no tratamento precoce, para evitar a transmissão em massa da H1N1. “Ainda se pode tomar a vacina, mas não quer dizer que ela vai proteger totalmente porque o vírus já está circulando e a dose leva 15 dias para produzir imunidade. O que queremos é trabalhar com tratamento precoce, ou seja, se você sentir algum sintoma de gripe mais forte, procure seu médico e peça para ele avaliar se não é o caso de tomar o antivirial”, alerta a chefe da divisão de Vigilância Epidemiológica do Estado.
A dose protege contra os três principais vírus de Influenza que circularam no hemisfério Sul, entre eles o H1N1. De acordo com o Ministério da Saúde, com a imunização as pessoas têm 60% menos chances de ter complicações graves e o risco de morte é reduzido em 80%. A vacinação também diminui de 30% a 70% as hospitalizações por pneumonia.
Dados da gripe A dos últimos anos no Rio Grande do Sul
2009
Casos confirmados: 3544
Óbitos: 297
2010
Não houve registro de casos
2011
Casos confirmados: 103
Óbitos: 14
2012
Casos confirmados: 83
Óbitos: 13
Dicas para evitar o contágio:
- Grupo de riscos devem ser imunizados;
- Higienizar as mãos com frequência;
- Utilizar lenço descartável para higiene nasal;
- Cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir;
- Higienizar as mãos após tossir ou espirrar;
- Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca;
- Não partilhar alimentos, copos, toalhas e objetos de uso pessoal;
- Evitar aperto de mãos, abraços e beijo social;
- Reduzir contatos sociais desnecessários e evitar, dentro do possível, ambientes com aglomeração;
- Ventilar os ambientes.
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