Transporte
Por: Osiris Reis
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Aproximadamente 250 moradores da zona rural de Pelotas ficaram sem transporte na manhã desta quinta-feira (22). O incidente aconteceu devido a uma paralisação de 25 motoristas e cobradores da empresa Bosembecker, que voltaram às atividades normais somente no turno da tarde. O Sindicato dos Rodoviários reivindica melhores condições de trabalho às equipes que trabalham na zona rural, principalmente àquelas que fazem linhas que passam pelas localidades do Bachilli e do Grupelli.
O presidente do Sindicato, Eder Blank, explica que muitas questões já foram solucionadas, mas a categoria continuará mobilizada em prol de melhores condições de trabalho. “Certos profissionais trabalham 12 horas diariamente sem receber hora extra. Conseguimos que a empresa pague pelo menos duas por dia”, afirma. Também foi relatado que alguns trabalhavam em uma jornada que iniciava às 6h e acabava somente à meia-noite. De acordo com Blank, agora haverá a concessão de 11 horas de intervalo. Ao total, foram afetadas cinco linhas da Colônia e uma que transporta até Capão do Leão.
Contraponto
A diretora da empresa, Adriana Bosembecker, discorda sobre o trabalho de 12 horas de alguns funcionários. De acordo com ela, são fornecidos intervalos de quatro horas. “Eles saem da Colônia às 5h30min e trabalham até as 10h30min. Após, vão pegar o ônibus somente as 16h. O horário é longo, mas as jornadas não são excessivas”, justifica-se. Ela reconhece que algumas linhas da zona rural são deficientes, mas defende-se: “É impossível mudar toda a situação em uma semana. Houve uma pressão excessiva por parte do sindicato”.
Em relação aos casos relatados de jornada excessiva, a gestora explica que não são comuns e acontecem apenas com um funcionário em cada bimestre. Outras questões relativas a salários serão debatidas na próxima reunião sobre o salário, que deve ser reajustado em novembro. Por enquanto, não há previsões de outras manifestações.
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