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domingo, 8 de setembro de 2013

Filme sobre Lady DI - "novela intrusiva e embaraçosamente desprezível"

Críticos de cinema classificam como 'desprezível' filme sobre Lady Di

PAUL CASCIATO - Folha

Críticos de cinema classificaram um filme sobre o relacionamento da princesa Diana com um médico paquistanês como uma "novela intrusiva e embaraçosamente desprezível".

No filme "Diana", a atriz australiana Naomi Watts, nascida no Reino Unido, interpreta a princesa abandonada e 'presa' em uma gaiola dourada. O ator inglês Naveen Andrews é o cardiologista Hasnat Khan, que dá a Diana o amor pelo qual ela anseia, no filme que teve a sua estreia mundial em Londres na quinta-feira (5).

Os tabloides britânicos --que acompanharam todos os meandros da vida de Diana desde seu casamento, em 1981, com o príncipe Charles, o divórcio e sua morte em um acidente de carro em Paris em 1997-- reagiram de modo contundente ao filme do diretor alemão Oliver Hirschbiegel.

"A 'Rainha dos Corações' foi apresentada como uma patética solitária que Bridget Jones atravessaria a rua para evitar", escreveu David Edwards, do "The Mirror", em uma crítica em que definiu a obra como um "esforço triste e desprezível".

O filme é baseado em "Diana: Her Last Love", livro de Kate Snell publicado em 2000, que argumenta que a ex-mulher do herdeiro do trono britânico teve um caso às escondidas com Khan, nos últimos dois anos de sua vida.

"Diana" tem cenas retratando-a em hospitais, carros, seu apartamento e o Palácio de Kensington, intercaladas com suas aparições públicas na campanha contra as minas terrestres e a polêmica entrevista que concedeu em 1995 sobre seu relacionamento com Charles, na qual ela disse que havia "três de nós neste casamento".

A personagem Diana diz a Khan em seu primeiro "encontro" que adora novelas de televisão. Algumas das cenas do filme, incluindo o seu rompimento em um parque de Londres, no meio da noite, poderiam ser classificadas como novelescas.

O diálogo, que inclui poesia persa e versos como "agora que sou amada não me sinto mais sozinha" foi mal recebido, não tendo obtido mais do que uma estrela na classificação da crítica.

"Mesmo quando essas falas são ditas por uma perfumada Naomi Watts, dando o seu melhor para um roteiro constrangedor, esse filme ainda é atroz e invasivo", escreveu Kate Muir no "Times".

PRINCESA-CELEBRIDADE

A imprensa mundial continua a dar espaço à vida de Diana, 16 anos após sua morte. Esta semana tabloides britânicos deram destaque estrondoso a uma teoria da conspiração envolvendo as forças especiais e um primo da realeza que chamou Diana de "maldosa", na "Vanity Fair".

Em agosto, Hasnat Khan prometeu que nunca iria ver o filme e disse que tudo se baseia em hipóteses e fofocas.

Watts afirmou em entrevista, num tapete vermelho pouco concorrido, que estava preocupada com o que os filhos de Diana, os príncipes William e Harry, iriam pensar do filme caso o vejam.

"Se eles forem [ver], espero que sintam que fomos respeitosos e preservamos a memória dela da melhor maneira possível", declarou.

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