Cristina Kirchner vai retirar tumor da glândula tireoide
A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, chegou nesta manhã ao
Hospital Austral, onde será submetida a uma cirurgia para retirar um
tumor maligno no lóbulo direito da glândula tireoide. A operação pode
durar entre uma hora e meia e três horas. A expectativa é de que o
primeiro boletim médico seja divulgado às 12 horas.
Um forte
esquema de segurança foi montado dentro e fora do hospital, onde uma
vigília de seguidores de Cristina foi montada desde essa terça-feira,
com cartazes, bandeiras, flores, velas, orações e cantos para apoiar a
presidente. O hospital está localizado em Pilar, na província de Buenos
Aires, distante cerca de uma hora do centro da capital federal. Segundo o
chefe da Casa Militar, coronel Agustín Rodríguez, o hospital foi
cercado por grades de proteção para evitar a aproximação dos milhares de
argentinos que estão em frente à instituição.A presidente passou a terça-feira na residência oficial da Quinta de Olivos, onde desembarcou no começo do dia, regressando de um breve descanso de fim de ano na cidade de El Calafate, na Patagônia. Cristina será operada pelo cirurgião mais importante do país especializado em cirurgias oncológicas, Pedro Saco. O médico é chefe do Serviço de Cabeça e Pescoço do Instituto Angel H. Roffo, o hospital de maior prestígio no tratamento de câncer da Argentina. Um dos médicos da equipe de Saco, Santiago Zund, explicou à imprensa local que o prognóstico sobre a cirurgia e a cura de Cristina é "positivo", já que não há metástase.
Vinte dias de licença
O pós-operatório de Cristina será de entre 48 e 72 horas de internação, e 20 dias de licença médica, período em que a Presidência do país será exercida pelo vice-presidente, Amado Boudou. Após a internação, a Presidente passará alguns dias na residência oficial para se fortalecer e, logo depois, se não houver complicações, continuaria com o repouso na residência familiar de El Calafate, acompanhada pelo médico presidencial, Luis Buonomo.
Aos 58 anos de idade, Cristina Kirchner assumiu o segundo mandato no último dia 10 de dezembro, para o qual foi eleita com 54% dos votos. Doze dias depois, em um exame de rotina, segundo informou o porta-voz da Presidência, Alfredo Scoccimarro, se detectou a doença, que foi confirmada posteriormente por exames detalhados. A notícia foi anunciada somente no dia 27 passado.
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