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quinta-feira, 19 de julho de 2012

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL de ''OLHO'' nas eleições da UFPEL


UFPel
MPF apura suposta irregularidade nas eleições

Por: Michele Ferreira
michele@diariopopular.com.br

O Ministério Público Federal instaurou procedimento administrativo para apurar supostas irregularidades nas eleições da Universidade Federal de Pelotas (UFPel). Em documentação encaminhada de forma anônima ao MPF, uma servidora da instituição questiona a votação paritária - com peso de um terço por categoria: professores, técnico-administrativos e alunos - e sugere a alteração nos pesos atribuídos aos votos da consulta à comunidade, ocorrida em dois turnos, em maio e junho. As associações dos Servidores e dos Docentes - Asufpel e Adufpel - e o Diretório Central de Estudantes (DCE), integrantes da Junta Eleitoral, têm prazo até o dia 6 de agosto para prestar esclarecimentos.

Nesta quarta-feira (18) foi dia de reunião entre as três partes. Em contato com as assessorias jurídicas, eles devem definir se responderão em documento único ou isoladamente. "Politicamente, já temos a resposta. Apenas precisamos adequá-la à questão jurídica", explicou o presidente da Junta, Paulo Koschier. 

No material de 36 páginas, a funcionária da UFPel relaciona o uso do voto paritário com a suposta participação do Conselho Universitário (Consun) na organização do processo eleitoral, o que determinaria o voto proporcional, com 70% do peso destinado aos professores e 30% divididos entre técnico-administrativos e alunos. Na prática, por este outro regramento, o resultado seria exatamente o oposto. O vice-reitor, Manoel Brenner de Moraes, da chapa 1, seria, então, o eleito para comandar a UFPel de 2013 a 2016.

Os membros da Junta Eleitoral refutam o argumento e destacam que o processo foi organizado e financiado unicamente pelas entidades. O procurador da República, Mauro Cichowski dos Santos, decidiu não se pronunciar enquanto aguarda a manifestação das três entidades oficiadas no final da tarde de terça. Santos apenas confirmou a existência do procedimento administrativo 422/2012, que toma como base suspeitas levantadas por uma servidora da UFPel. Asufpel, Adufpel e DCE ganharam prazo de 20 dias para se manifestar.


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