Outra pesquisa apontou que em camundongos o adoçante artificial provocou mais dependência do que a cocaína
O uso contínuo de adoçantes artificiais pode ajudar a engordar e não a emagrecer, segundo pesquisas recentes e estudiosos que se dedicam ao tema. Ou seja, se você bebe refrigerantes zero ou light, coloca adoçante culinário em bolos e tortas, adoça o seu cafezinho com umas gotinhas todos os dias, prefere o iogurte com adoçante, a bala com adoçante, você pode estar contribuindo para o aumento de peso no longo prazo, e não para a perda.
Além disso, outra pesquisa apontou que em camundongos o adoçante artificial provocou mais dependência do que a cocaína, e que um alto consumo pode ter um efeito tóxico no organismo – a pesquisa não foi feita em humanos, mas ela não deixa de ser um indicativo de que é preciso um pouco de ponderação e cuidado.
Uma ressalva: pessoas com diabetes, que têm uma restrição médica ao açúcar, se beneficiam muito com as possibilidades surgidas depois da comercialização dos adoçantes. O cuidado e a mensagem para repensar o uso, ou o uso excessivo, é para quem não tem esse problema.
Atualmente um dos maiores estudiosos do efeito dos adoçantes artificiais no organismo é o médico David Ludwig, um especialista em obesidade e perda de peso do Boston Children´s Hospital, entidade ligada à Universidade Harvard.
Em um de seus artigos, publicado no periódico Jama, da Associação Médica Americana, ele explica que o adoçante tenta enganar o cérebro, levando para o organismo um sabor bastante doce, sem a devida compensação calórica associada a esse tipo de gosto.
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