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sábado, 23 de fevereiro de 2013

Bancos públicos lucraram mais que os privados em 2012


Ganhos das três maiores instituições privadas recuaram 5,3% e dos públicos BB e Caixa avançaram 5,6%

Ponta de lança, junto com a Caixa Econômica Federal, da política do governo para a redução dos juros, o Banco do Brasil fechou 2012 com lucro recorde, puxado pelo crescimento de 24,3% da sua carteira de crédito e estabilidade dos indicadores de inadimplência. De acordo com balanço publicado nesta quinta-feira, só no quarto trimestre o ganho alcançou R$ 3,967 bilhões, alta de 33,5% sobre o mesmo período de 2011. No ano, o lucro total foi de R$ 12,2 bilhões, uma alta de 0,7%. O resultado reforçou a diferença de desempenho entre os bancos públicos e privados no país no ano passado. Enquanto o lucro das três maiores instituições privadas (Itaú Unibanco, Bradesco e Santander) recuou 5,3% — de R$ 29,2 bilhões para R$ 27,7 bilhões —, o dos públicos BB e Caixa deram um salto de 5,6% — saindo de R$ 17,3 bilhões para R$ 18,3 bilhões.

O mercado respondeu bem aos resultados do BB. As ações ON (com direito a voto) fecharam com valorização de 4,07% na Bolsa de Valores de São Paulo, cotadas a R$ 25,39. Foi a terceira maior alta do pregão.

Os ganhos foram impulsionados pela concessão de crédito — que cresceu 31,2% nos públicos, contra uma alta de 7,1% nos grandes privados. Na comparação de receita de crédito, mais uma vez, os públicos aparecem com vantagem: expansão de 11,01%, contra apenas 4,5% dos concorrentes. E, enquanto nos públicos a expansão das despesas com provisão de devedores duvidosos foi de 14,7% em 2012, nos privados chegou a 27%.

— Depois da crise de 2008, os bancos públicos têm desempenhado um papel muito importante, irrigando o mercado com crédito. É o que o governo quer — disse Erivelto Rodrigues, presidente da consultoria Austin Rating, responsável pela compilação de números dos balanços.

Apesar da expansão do crédito, os bancos públicos conseguiram manter a inadimplência sob controle. Na Caixa, o índice de atrasos acima de 90 dias ficou em 2,08% em 2012, alta de 0,08 ponto percentual em relação ao ano anterior, enquanto no BB esse indicador ficou em 2,05%, menor que os 2,16% registrados em 2011. Ambos os resultados ficaram abaixo do calote contabilizado pelos bancos privados. No Itaú, a inadimplência no ano passado foi de 4,8%, resultado 0,1 ponto abaixo do ano anterior, enquanto no Bradesco esse indicador ficou em 4,1% em 2012, 0,2 ponto acima do percentual de 2011.

Globo - Economia


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