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quarta-feira, 21 de maio de 2014

MINISTRO QUER RESTRINGIR PROPAGANDA DE CERVEJA

Ministro da Saúde defende restrição de propaganda de cerveja às vésperas da Copa
Empresas de cerveja estão entre os principais anunciantes de eventos esportivos no Brasil

Às vésperas da Copa do Mundo, o ministro da Saúde, Arthur Chioro, defende restringir a propaganda de cerveja e outras bebidas de baixo teor alcoólico na televisão. Cerveja é um dos principais anunciantes e promotores de eventos esportivos no Brasil, sobretudo de futebol na televisão.


- O que nos preocupa é que muitas vezes se dá uma super ênfase ao consumo de crack (droga) e se subdimensiona o impacto que o alcoolismo tem sobre a saúde, particularmente o apelo para crianças e adolescentes se introduzirem na dependência - disse o ministro, em entrevista em Genebra, durante a Assembleia Mundial da Saúde.

Chioro disse que apoia, como ministro da Saúde, o movimento liderado pelo Ministério Público, pelo Conselho Nacional de Saúde, secretários municipais de saúde e até a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) para que as restrições à publicidade passem a abranger toda e qualquer bebida com graduação alcoólica igual ou superior a 0,5 grau. A atual legislação exclui cerveja, por exemplo.

- O governo está discutindo internamente como vai lidar com isso - disse Chioro. - Como ministro da Saúde, eu seria inconsequente se não apoiasse.

Uma campanha intitulada “Cerveja também é álcool” circula na internet para coletar assinaturas pedindo que o Congresso altere a lei 9.294/96, de forma a que a cerveja também seja incluída nas restrições. Hoje a lei só restringe bebidas com teor alcoólico superior a 13 graus Gay-Lussac (GL).

Bebida é um problema de saúde, pois provoca cirrose, câncer , mas segundo o ministro isso tem que ser visto como um problema mais amplo: bebidas são uma das principais causas de acidentes de trânsito.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) alertou recentemente para o aumento do consumo de álcool no Brasil, que supera a média mundial. O consumo médio anual é de 8,7 litros por habitante. Há cada vez mais adolescentes e jovens dependentes, alertou a OMS, revelando que para cada grupo de 10 adolescentes, 6,3 já consumiram bebidas alcoólicas pelo menos uma vez. Nas contas da OMS, em 2025 os brasileiros vão estar consumindo 10,1 litros per capita.

Com informações do Globo.com

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