Torre abandonada gera apreensão no Cruzeiro
Depois de alguns anos o equipamento foi desativado e agora a localidade tornou-se um espaço de consumo e tráfico de drogas e prostituição
Paulo Rossi - DP |
Por: Osiris Reis
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Há cerca de dois anos os moradores do Cruzeiro, no Areal, em Pelotas, vivem cheios de incertezas. Há 17 anos, a esquina das ruas Visconde de Abaeté e Marquês de Maricá recebia um investimento da antiga Companhia Telefônica de Melhoramento e Resistência (CTMR), atualmente pertencente ao grupo de telefonia Oi. Naquela época, uma torre de telefonia foi instalada na quadra residencial. Depois de alguns anos o equipamento foi desativado e agora a localidade tornou-se um problema para os moradores: segundo a vizinhança, transformou-se em um espaço de consumo e tráfico de drogas e prostituição.
Para quem circula pelos arredores, é fácil perceber os sinais de abandono. Portas fechadas, grama alta, lâmpadas quebradas e acúmulo de lixo. Esses são apenas alguns sinais da central de telefonia, que de acordo com os moradores, teve o portão de ferro roubado nos últimos dias. “Se essa estrututura vier abaixo, vai danificar várias casas da vizinhança”, avisa a dona de casa Ivone de Souza Iunes, de 68 anos, moradora da região há 44 anos. A torre tem 30 metros e pesa 4,5 mil quilos.
As reclamações não param por aí. A dona de casa Maria Loiva Machado, de 67 anos, também não hesita em se manifestar. Ela afirma que os assaltos na região muitas vezes acontecem naquela quadra. “É um lugar perigoso. Se está desativada, é preciso que a estrutura seja desmontada”, comenta. Os moradores afirmam que pessoas abrigam-se atrás dos muros durante a noite, sem falar nos jovens que escalam a estrutura até o topo diariamente.
Vistoria
Em comunicado encaminhado pela assessoria de imprensa, a Oi, responsável pelo patrimônio que pertencia à CTMR, afirmou que em breve encaminhará técnicos especializados para vistoriar o local. Também se responsabilizou pela segurança, manutenção da iluminação e controle do matagal no local.
A CTMR foi comprada pela Brasil-Telecom em 1999, que foi adquirida pela Oi em 2008. Atualmente, a empresa está presente em todo o território nacional e em setembro de 2012 possuía 73,3 milhões de Unidades Geradoras de Receitas (UGRs), que é a quantidade de serviços contratados pelos seus clientes.
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