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domingo, 3 de março de 2013

“Dezesseis Luas” adapta romance juvenil


Se cinema fosse uma equação matemática, “Dezesseis Luas” poderia ser descrito assim: ''Crepúsculo'' mais E o Vento Levou'' multiplicado por ''Carrie, A Estranha''. Apesar de sua inegável estranheza, o romance juvenil sobrevive com mais sagacidade e menos tédio do que a milionária trilogia dos vampiros.

Baseado numa série de livros até agora são quatro escrita por Kami Garcia e Margaret Stohl, Dezesseis Luas é o que Crepúsculo seria se tivesse uma produção mais caprichada e coadjuvantes talentosos para cercar o casal de protagonistas. Aqui, Emma Thompson, Jeremy Irons e Viola Davis são responsáveis pelos melhores momentos do longa, protagonizado por Alden Ehrenreich (Tetro) e Alice Englert.

Numa pequena cidade, Ethan (Ehrenreich) cuida do pai, que caiu em depressão depois da morte da mãe. O rapaz espera terminar o colegial para ir estudar numa universidade bem longe. A chegada de Lena Duchannes (Alice) representa uma mudança.

Ela é estranha, mora na casa de um tio ricaço excêntrico que vive isolado da cidade, Macon Ravenwood (Irons), que também tem fama de bruxo. Isso não ajuda em nada ela a fazer amigos  pelo contrário, acaba bastante rejeitada na escola.


Logo que Ethan se apaixona por ela, a garota revela que é bruxa  ou, como prefere dizer, “conjuradora”. Com a aproximação de seu 16º aniversário, a menina irá descobrir se é do lado da magia negra ou da magia do bem. Enquanto isso, porém, precisa enfrentar a escola, onde é hostilizada até ter um ataque à la Carrie porém mais ameno e quebrar as vidraças com a força do seu pensamento.

Emma Thompson faz o melhor personagem no filme: uma carola que pretende expulsar Lena da cidade. Porém, numa reunião, na igreja local, quando discutem o destino de Lena, o recluso Macon resolve aparecer, e, só para ele, ela revela sua verdadeira identidade: Sarafine, a mãe de Lena, que veio clamar a filha para o lado negro da força.

O filme sabe aproveitar bem a mitologia que se criou na região sul dos EUA por conta da Guerra Civil. O clímax, por exemplo, é um trabalho escolar que consiste numa encenação do conflito com os meninos devidamente vestidos de soldados e as garotas, de Southern belle. Uma atmosfera que faz lembrar o clima de …E o Vento Levou.

Dirigido por Richard LaGravenese (P. S. Eu Te Amo), “Dezesseis Luas” é um romance juvenil, mas consegue se elevar um tantinho acima dos outros no gênero  especialmente por saber equilibrar a história de amor com o pano de fundo da feitiçaria e a disputa por Lena. Fora isso, o diretor sabe introduzir momentos engraçado, e, por isso, passa longe do mar de sofrimento romântico-juvenil de Crepúsculo.



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